Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Manoel Oswaldo Young Rodrigues (1955-2014)

Muito bom humor, panelas e minicontos

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Mané Young já cozinhou feijão com água do mar na calota de um fusca --e, claro, não ficou nem um pouco bom. A experiência malsucedida na juventude, no entanto, é um ponto fora da curva na vida desse paulistano que se dedicou à gastronomia.

Após largar quatro graduações, entre elas arquitetura e letras, descobriu que seu negócio eram as panelas, desde que o prato final fosse salgado. Preferiu nunca se aventurar no mundo dos doces.

Começou com bares --entre eles o Royal, ícone da "boemia chique" dos anos 1990-- e arriscou-se com restaurantes antes de abrir um bufê em São José dos Campos (SP), cidade onde passou os últimos anos de vida.

Versátil, nunca abandonou alguns dos aprendizados adquiridos nas faculdades que frequentou. Dava pitacos e até ajudou a planejar construções e adorava escrever minicontos sobre causos pitorescos do cotidiano, principalmente do interior.

Cerca de 300 dessas historietas darão origem ao primeiro livro de Mané, ainda sem previsão de publicação.

Sua preferência por temas engraçados do dia a dia reflete um pouco de sua personalidade: extremamente bem-humorado e carismático.

A generosidade era outra marca. Ajudou muitos funcionários e não fazia economia ao dividir a comida com eles.

Na adolescência, ao lado dos amigos, foi um crítico das convenções sociais. Teve banda e participou de grupos de teatro em plena ditadura.

Morreu no domingo (21), aos 59 anos, devido a problemas cardíacos. Deixa a mãe, Lúcia, a filha, Gabriela, a neta, Isadora, e irmãos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página