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Promotoria pede que FAB investigue coronel no Rio

Militar é suspeito de informar ao comandante do Batalhão da PM da Ilha do Governador que unidade que chefiava era investigada

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

O Ministério Público estadual do Rio pediu que o Ministério Público Militar e a Aeronáutica investiguem o coronel-aviador Flávio Luiz Oliveira Pinto, comandante da Base Aérea do Galeão, em março deste ano.

Ele é suspeito de informar ao tenente-coronel Dayzer Corpas, então comandante do Batalhão da Ilha do Governador, que a unidade que chefiava era investigada pela Secretaria de Segurança.

Diante da Base Aérea do Galeão, PMs abordaram cinco traficantes e só apresentaram três à delegacia. A ação levantou suspeita sobre os PMs comandado por Corpas.

O tenente-coronel foi preso na quinta (9) sob suspeita de, junto com outros 15 policiais militares, sequestrar os dois criminosos e exigir R$ 300 mil como resgate, de acordo com a Promotoria.

O tenente-coronel teria recebido, de acordo com a polícia, R$ 40 mil pelo crime.

A Aeronáutica não se pronunciou sobre o caso. O coronel não foi encontrado para comentar as suspeitas. Corpas disse, quando foi preso, que "puniu os policiais e não recebeu qualquer propina".

Segundo o delegado Fábio Galvão, subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança, dois dias após avisar ao tenente-coronel da PM sobre a investigação da secretaria, o coronel da Aeronáutica atendeu aos investigadores e repassou imagens da abordagem policial aos traficantes diante da base aérea.

Para os promotores, a atuação do coronel é "irregular, inadequada e indiscreta --eventualmente criminosa".

Os promotores consideram que o militar da Aeronáutica deveria ter atuado de forma "discreta e reservada" e mantendo a discrição, ao invés, de avisar ao tenente-coronel Corpas sobre o pedido.

Ao saber que a abordagem gerou suspeita na secretaria, Corpas prendeu 11 PMs e abriu uma investigação interna contra eles.

Uma denúncia feita aos investigadores informou que a apuração interna estava sendo direcionada para punir apenas os soldados, cabos e sargentos que participaram da abordagem.

"A apuração transcorria até hoje para os lados. Requisitamos a investigação porque não é possível que um batalhão se investigue", afirmou o promotor Cláucio da Conceição, do Gaeco (Grupo de Apoio Especial e Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Rio.

Dos quatro fuzis encontrados com os traficantes, no momento da abordagem, apenas uma arma foi levada para a delegacia do bairro. Os outros três fuzis foram vendidos à traficantes da facção Terceiro Comando.


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