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José Marcelino Prata (1922-2014)

Na guerra, vigiou a costa brasileira

TAÍS HIRATA DA EDITORIA DE TREINAMENTO

José Marcelino Prata tinha 18 anos quando foi convocado para a Segunda Guerra Mundial. Nascido no povoado de Santo Antônio, em Sergipe, sua família temeu que não sobrevivesse ao conflito.

Passou dois meses em uma praia do litoral sergipano, região que chegou a ser alvo de ataques alemães, em 1942.

Entre os momentos mais tensos, contava que, certa vez, encontrara prisioneiros americanos tão famintos que lambiam seus próprios corpos, afirma Catharine Seixas, 24, sua bisneta.

Chegou a ser enviado à Itália, mas, ao desembarcar, a guerra já havia terminado.

Marcelino passou 65 anos ao lado de sua mulher, Josefa Prata, 84, a Zezinha. Tiveram nove filhos e tantos netos e bisnetos que Catharine diz já ter perdido a conta.

A família é uma das fundadoras da cidade de Lagarto, em Sergipe, onde Marcelino era dono de uma funerária.

Gostava de estar rodeado de gente e sempre fez questão de manter toda a família por perto. Para isso, comprou seis casas, vizinhas à sua, e as deu de presente aos herdeiros. Todas elas tinham acesso para sua moradia.

Café da manhã, almoço e jantar eram tomados em família todos os dias. "A alegria dele era ver a mesa cheia. Se alguém não vinha, perguntava: Cadê fulano que tá faltando?'", lembra Catharine.

Há dois anos e meio, médicos deram uma semana de vida a Marcelino, acometido por insuficiência renal. Fazendo hemodiálise, conseguiu permanecer consciente até o final da vida, aos 91 anos. Morreu no domingo (5), em Aracaju, após sofrer um derrame pleural.

coluna.obituario@uol.com.br


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