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Maria Edith Pereira Cavalcanti (1922-2014)

Sempre disposta a enfrentar novos desafios

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Pouquíssimas mulheres dirigiam na época em que Edith Cavalcanti decidiu encarar as ruas da capital paulista atrás de um volante.

Tamanha ousadia não era vista com bons olhos por inúmeros homens. Não foram poucas as vezes em que ela ouviu alguém gritar frases como "vai para casa cozinhar" enquanto buscava o marido, Theóphilo, no trabalho.

Edith nunca se preocupou com esse tipo de comentário. Pelo contrário, estava sempre disposta a enfrentar coisas novas, independentemente da idade. Já tinha mais de 70 anos, por exemplo, quando aprendeu a nadar. Ganhou diversas medalhas e participou de competições até no exterior.

Formou-se em artes plásticas pela Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) depois de criar os filhos. Dedicada à decoração de interiores, por quase cinco anos, entre o final dos anos 70 e o começo dos 80, manteve uma coluna sobre o assunto na Folha.

Trabalhava com todas as tendências, mas, em seu apartamento, destacavam-se os móveis em estilo medieval e a enorme mesa que acomodava toda a família --e que "precisava de uns dez homens para ser carregada".

Fez ainda curso de psicanálise e, com quase 90, estudava literatura francesa e pintava lenços de seda.

Aliás, foi sempre muito vaidosa. Conhecida por seu cabelo preto em corte "chanel", mesmo enquanto esteve internada fazia questão de usar seus cremes para o rosto.

Morreu na terça-feira (7), aos 92 anos, de complicações causadas pela idade. Viúva desde 1978, teve cinco filhos, 11 netos e sete bisnetos.


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