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Grupo ataca ônibus e mata 2 passageiros

Vítimas não conseguiram sair de coletivo e morreram carbonizadas; horas depois, outro veículo foi incendiado

Polícia suspeita que crimes foram retaliação à morte de jovem; seis PMs foram presos pela Corregedoria à noite

Eduardo Anizelli/Folhapress
Bombeiros apagam fogo em ônibus incendiado na zona norte de São Paulo
Bombeiros apagam fogo em ônibus incendiado na zona norte de São Paulo
GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Dois passageiros morreram carbonizados durante ataque a um ônibus no Jardim Brasil, zona norte de São Paulo, por volta das 4h30 de ontem.

A ação, ocorrida três horas depois um jovem ser morto e outro ficar ferido numa ação policial na região, foi apontada como uma retaliação pela Polícia Civil.

Pela manhã, outro ônibus foi incendiado e moradores entraram em confronto com policiais militares.

Maicon Rodrigues, 17, e o amigo dele Waltherney da Silva foram baleados na rua Basílio Alves Morango.

A primeira versão dos policiais militares que estavam no local era que os jovens estavam num Passat e teriam reagido a uma abordagem, sendo baleados. Rodrigues morreu no hospital. Silva segue internado.

À tarde, amigos de Rodrigues disseram à Folha que os jovens foram assassinados e não estavam armados.

POLICIAIS PRESOS

No início da noite, a Corregedoria da PM anunciou, por nota, a prisão de seis policiais militares da Força Tática. Os nomes não foram revelados.

Segundo a nota, "após ouvirem diversas testemunhas", investigadores concluíram que Maicon "foi assassinado pelos policiais" depois que já estava dominado.

De acordo com a Polícia Civil, por causa da morte de Maicon traficantes teriam ordenado os ataques a ônibus.

Por volta das 4h30, jovens armados teriam determinado que o motorista do ônibus da viação Sambaíba, que fazia o trajeto Jardim Brasil-Praça do Correio, parasse na praça Erotides de Campos. Ele e o cobrador pediram que todos descessem quando o bando ateou fogo ao veículo.

Dois homens não conseguiram descer e morreram queimados. Um deles estaria dormindo na hora.

Às 11h, outro veículo foi incendiado na rua Capitão Alcoock. Ninguém se feriu.

PMs que chegaram ao local foram atacados com pedras. Moradores disseram que a PM revidou com bombas de efeito moral.

Neste ano, ocorreram 46 ataques a ônibus em meio a um período de confrontos entre PMs e o crime organizado.

Por causa das mortes dos passageiros, o delegado-geral, Maurício Blazeck, se reuniu ontem com policiais do 73º DP (Jaçanã) e do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) para identificar os incendiários.

Pelo menos seis pessoas foram detidas sob suspeita de participar do crime. Três delas apresentavam queimaduras no corpo. Um sétimo suspeito foi identificado por participar do segundo incêndio.


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