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Busca por passaporte com o visto dos EUA tem choro e polícia

Pessoas com documento retido há um mês fazem peregrinação até centro de atendimento em SP

Mesmo após decisão da Justiça que devolveu à DHL o direito de fazer as entregas, serviço ainda não foi normalizado

MARÍA MARTÍN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto dos EUA no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, virou um ponto de peregrinação.

Diariamente, uma centena de pessoas de várias partes do país tem comparecido ao local para tentar "resgatar" seus passaportes.

"Os nossos estão retidos desde o dia 8 de novembro. Minha filha tem uma gravidez de risco e temos de ir para a Califórnia para cuidar dela", conta a empresária Selma Sena, 54, que tem viagem marcada para o sábado.

O problema começou no dia 25 de outubro, quando a Justiça proibiu a empresa DHL de enviar os passaportes, com os vistos, aos solicitantes.

A decisão acatou denúncia dos Correios, que detêm o monopólio postal no país.

No dia 27 de novembro, porém, o Tribunal Regional Federal em São Paulo suspendeu a liminar e permitiu que a DHL retomasse o serviço. Os envios, no entanto, ainda não foram normalizados.

Pelo contrário: a situação vista pela Folha ontem no centro de atendimento era ainda mais confusa do que a presenciada no último dia 30. Naquela ocasião, uma funcionária disse que havia 14 mil documentos para devolução.

Ontem, dezenas de pessoas com passaportes retidos há mais de um mês esperavam uma resposta -algumas choravam, outras gritavam com funcionários.

ATÉ POLÍCIA

Quatro policiais militares foram ao local, a pedido de parte delas, mas não conseguiram acalmar os ânimos.

"Vocês não vão conseguir nada aqui. Se eu fosse vocês, iria embora", disse um policial.

Os PMs recomendaram registrar boletim de ocorrência contra a empresa CSC, contratada pelo consulado para administrar o atendimento.

"Onde está a lei que permite reter o documento de alguém?", dizia a dona de casa Edna Lucena, 60.

Às 17h, na central da DHL, na Lapa (zona oeste), o clima era semelhante. Uma dezena de pessoas aguardava, sentada no chão, uma resposta da empresa desde o meio-dia.

O consulado dos EUA disse que a devolução dos passaportes "não foi normalizada" e que trabalha com seus parceiros para definir a situação.

A DHL disse que não se manifestaria por questões judiciais. Os Correios recorreram da decisão que permitiu à DHL fazer as entregas.


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