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Odette Maria Coelho (1936-2012)

Enfrentou o câncer para ver os netos crescerem

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Numa semana de 1993, a vida de Odette Maria Coelho mudou. Aqueles dias deveriam ter sido alegres para ela, pois seu segundo neto nascera. Só que, quando foi conhecer o menino, tinha acabado de descobrir que carregava um tumor do tamanho de uma laranja no rim esquerdo.

Fernando Henrique, o neto, tem hoje 19 anos. Foi o tempo que Odette lutou contra a doença. Para a família, ela resistiu quase duas décadas porque traçou um objetivo: ver os netos crescerem.

Natural de Rio das Pedras, no interior paulista, veio a São Paulo com a família, que tinha sido recrutada para trabalhar nas fábricas de tecelagem do Ipiranga, na zona sul.

Por algum tempo, atuou nesse ramo até se casar em 1957 com o alfaiate Paulo, um mineiro que era seu vizinho no mesmo prédio.

Ele montou uma loja de aviamentos, e Odette, além de cuidar da casa, ajudava o marido. Era ela quem abria a loja todos os dias, às 8h. O negócio durou até 1986, quando Paulo, 80, se aposentou.

Tinha perfil para atender, por sua simpatia e carisma. E nunca havia tempo ruim para ela, como conta a família.

Descobriu o câncer sem querer, num check-up. Depois da retirada do rim, ainda passou por duas cirurgias. Em 2007, teve metástase no pâncreas, fígado e pulmões, que tratou com quimioterapia.

Apresentou sinais de alzheimer e, no ano passado, sofreu um acidente vascular cerebral. Morreu no domingo, aos 76, em decorrência de uma trombose. Deixa dois filhos e quatro netos. A missa do sétimo dia será no domingo, às 16h30, na igreja São José do Ipiranga, na capital.


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