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Análise

Grandes poluidores, motos e caminhões 'fogem' do serviço

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Com quase três anos de inspeção veicular para todos, uma tendência começa a se consolidar na cidade: a baixa adesão de motos e caminhões.

Enquanto mais de 60% dos carros de passeio estão aparecendo no centro de inspeção, nem metade dos dois grupos de 'fujões' comparece.

É um problema que não pode ser menosprezado pela prefeitura. E não se trata de uma perseguição aos que trabalham com esse dois veículos: estudos mostram que eles poluem, e bastante.

Um exemplo: estimativas do grupo do professor Paulo Saldiva, da USP, mostram que as motos paulistanas poluem umas dez vezes mais do que todos os carros juntos.

A taxa de comparecimento das motos nunca passou dos 40%. Além disso, é alta taxa de reprovação dos veículos que são levados à inspeção.

E a coisa só piora: como a maioria das motos é usada para entregas, elas rodam muito em um único dia - chegam a fazer mais de 150 km.

Os caminhões também estão na berlinda: são abastecidos com diesel, o combustível mais poluente que existe.

Porém, mesmo que ocorra uma maior fiscalização de motos e caminhões, nada indica que só a inspeção veicular vai causar uma queda nos níveis de poluição em São Paulo.

Primeiro: nenhuma outra cidade da região metropolitana tem a inspeção. Segundo, e talvez o mais importante: não adianta só controlar a poluição de cada veículo, é preciso resolver o problema do tráfego intenso. Só com menos trânsito é que a qualidade do ar vai poder melhorar.


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