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Cotidiano

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Auxiliar de cozinha mata chef em hotel nos Jardins

Homem foi preso após esfaquear vítima e tentar matar mais dois colegas

Suspeito admite crime, mas não conta o motivo; testemunhas dizem que ele e a vítima tinham 'relação conturbada'

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

O chefe de cozinha João Batista de Souza Jorge, 43, morreu após ser esfaqueado anteontem na cozinha do restaurante Il Papavero, que fica dentro do hotel Quality, na alameda Campinas, nos Jardins, zona oeste paulistana.

O auxiliar de cozinha Claudemir Alves dos Santos, 38, foi preso a duas quadras do hotel, com o avental sujo de sangue. Antes de ser preso, ele ainda tentou esfaquear outros dois colegas de trabalho. Segundo policiais, o acusado dizia frases desconexas e admitiu ter matado o chef, sem dar detalhes do motivo.

De acordo com a Polícia Civil, há indícios de que havia uma relação conturbada entre chef e subordinado.

Um funcionário do hotel, que pediu anonimato, disse à Folha que, por volta das 19h50, Santos cortava legumes quando Jorge passou por trás dele. "Ele [Santos] acertou o primeiro golpe no pescoço. Depois, deu várias facadas no peito", contou o funcionário. A vítima morreu antes de ser socorrida.

Em seguida, o auxiliar tentou atacar outros dois colegas, que fugiram pelo saguão do hotel, perseguidos por ele. Havia poucas pessoas no restaurante e no saguão na hora do crime, testemunhado apenas por funcionários.

A polícia investiga se os dois discutiram antes do ataque. De acordo com funcionários, o auxiliar já havia assinado sua demissão dias antes e trabalharia até sábado.

"Ele dizia que queria voltar para o Nordeste e viver com a filha", afirma o funcionário. Colegas de Santos diziam que ele ficava irritado quando alguém duvidava que ele deixaria o trabalho.

Logo após o crime, PMs que caminhavam pela rua Joaquim Eugênio de Lima se depararam com um funcionário de avental, chorando. "Tem um homem com uma faca me seguindo. Ele acabou de matar meu chefe", disse.

Os PMs seguiram pela rua e se depararam com outro empregado que fugia. Em seguida, acharam o suspeito na garagem de uma casa na alameda Campinas com a roupa ensanguentada. Ele não ofereceu resistência. A arma do crime não foi achada.

Jorge trabalhava havia 25 anos no hotel. Santos tinha oito meses de casa.

O hotel diz que lamenta o incidente e que está ajudando a polícia.


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