Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mortes de moradores de rua em Goiânia são investigadas

Já são 14 assassinatos de agosto até agora; para a polícia, casos têm ligação com o tráfico

Somente nesta semana, dois homicídios foram cometidos; vítimas são assassinadas a tiros, facadas e até pauladas

CAROLINA DE ANDRADE DE SÃO PAULO

A cidade de Goiânia (GO)vive uma onda de assassinatos de moradores de rua. Já são 14 mortes entre agosto e dezembro deste ano, segundo a Polícia Civil do Estado.

Só nesta semana foram dois crimes cometidos com as mesmas características.

Os moradores de rua -duas mulheres e dez homens- tinham até 35 anos.

Houve mortos por tiros, facadas, pedradas e até pauladas. Ao menos seis vítimas dormiam quando foram atingidas.

Câmeras de segurança flagraram dois assassinatos.

Em um deles, um homem desce de uma moto e, sem tirar o capacete, olha ao redor, tira um revólver da mochila e atira em uma pessoa que aparentava estar dormindo na calçada.

Para a polícia, a maioria dos crimes tem ligação com o tráfico de drogas, e não há indícios de que tenha sido cometida por um único grupo.

Somente em novembro foram seis homicídios. Quatro ocorreram em um intervalo de três dias. No mesmo mês, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência notificou o governo estadual, cobrando providências.

A Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás não tem estatísticas sobre homicídios de moradores de rua em outros períodos, mas a polícia identifica uma tendência de crescimento.

A polícia diz que está investigando os casos e que já prendeu cinco suspeitos.

A principal hipótese é a de acerto de contas com moradores de rua que não pagaram drogas que consumiram ou que deveriam vender.

SUSPEITO

Dois crimes foram atribuídos ao policial militar Rogério Moreira da Silva, conhecido como Zinca.

Ele é suspeito de ligação com o tráfico de drogas na cidade e foi identificado pelo companheiro de uma mulher morta em 11 de novembro.

Olaci Ferreira de Araújo, 26, foi morta a tiros durante a madrugada no bairro Capuava, próximo a um terminal de ônibus. Ela estava com o companheiro Emerson do Nascimento Souza, 29, que foi atingido no braço e no pescoço, mas sobreviveu.

Souza disse em depoimento que se fingiu de morto e conseguiu fugir. Ele também afirmou, segundo a polícia, que a mulher devia dinheiro a Silva após ter comprado drogas com ele.

O policial está detido no presídio militar de Goiânia e já havia sido preso pelo mesmo motivo em 2008. Segundo a polícia, ele nega participação nas mortes.

O cunhado dele, Ildevan Nunes, também foi preso. A reportagem não conseguiu identificar se eles têm advogados.

Dois assassinatos foram praticados por moradores de rua, diz a polícia.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página