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Caos na entrega de passaporte com visto dos EUA faz turista perder voo

Após imbróglio jurídico, consulado não consegue devolver o documento dentro do prazo

Advogado e professor de direito afirma que prejuízos causados pela remarcação de passagens é passível de indenização

EDUARDO VASCONCELOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O atraso na entrega de passaportes brasileiros com visto norte-americano tem causado prejuízos a turistas que já estavam com viagens marcadas para as férias.

Na porta do Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto do Consulado dos Estados Unidos, no Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, são muitas as histórias de pessoas que perderam voos ou tiveram que remarcar viagens por não terem recebido o documento a tempo.

Lá, mediante a retirada de uma senha, pessoas que esperam a devolução de seus passaportes conseguem marcar um horário para que funcionários verifiquem a situação do documento.

TERCEIRA VIAGEM

O empresário Antonio Paulo de Abreu Júnior, 50, saiu às 6h de Bragança Paulista (a 85 km de São Paulo) atrás do documento da filha, que mora no Paraná.

Ontem, já era a terceira vez que ele viajava a São Paulo para tentar resolver o problema, mas não teve sucesso. "Minha filha faria um curso de férias nos EUA, mas já perdeu uma semana. Gastamos mais de R$ 1.000 com remarcação de passagens", disse.

O engenheiro civil Antonio Jorge Faustino, 26, perdeu a viagem que faria no dia 24 de novembro. Ontem, o morador de Monte Azul Paulista (a 420 km de São Paulo) conseguiu o documento com o visto.

Mesma sorte teve a economista Ana Maria Russo, 50, que chorou de emoção ao mostrar o passaporte, com visto, para a reportagem. "Minha viagem é dia 18, ia passar o Natal longe do meu filho, que mora nos EUA."

Segundo o advogado e professor de direito Luiz Flávio Gomes, pessoas que tiveram prejuízos por causa do problema podem ter direito a indenização. "A responsabilidade da entrega é do consulado. As pessoas compram as passagens dentro da perspectiva de que o documento será entregue no prazo."

O problema começou em 25 de outubro, quando a Justiça proibiu a empresa DHL de enviar os passaportes. A decisão foi baseada em uma ação dos Correios, que detêm o monopólio postal no país.

No dia 27 de novembro, a Justiça suspendeu a liminar e permitiu a retomada do serviço, que ainda não foi normalizado devido ao acúmulo de passaportes, diz a DHL.


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