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Modelo de ingresso mudará perfil dos calouros

DE SÃO PAULO

Se aprovado, o Programa de Inclusão com Mérito causará grande impacto no perfil dos novos ingressantes, principalmente nos cursos mais concorridos das universidades, como medicina.

A proposta prevê que todas as metas sejam alcançadas em cada curso. Ou seja, em 2016, 50% das vagas devem ser ocupadas por alunos vindos de escolas públicas. E já em 2014 a proporção deve chegar a 35%.

Na USP, por exemplo, o novo modelo causará mudança no perfil de calouros de cursos como engenharia (hoje com 12% de egressos de escolas públicas), medicina (15%) e direito (16%).

"A universidade ganhará. Ela deve ser universal não só no conhecimento, mas também na abrangência social", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

"A preocupação é de inclusão com qualidade, com baixa evasão, com bom aproveitamento do curso."

QUALIDADE

Diretor da Escola Politécnica da USP, José Roberto Cardoso diz que a qualidade dos cursos não deve cair com as mudanças causadas pelo programa. "O estudante entra no ritmo. Já hoje há vários grupos de estudo, os alunos se ajudam", afirmou o diretor.

Sobre a dificuldade em se atingir as metas do modelo, Carlos Vogt, assessor especial do governador Alckmin, disse que as universidades podem ir acelerando as ações, caso os resultados anuais intermediários não sejam os ideais. Podem, por exemplo, aumentar os bônus.

Um dos riscos é que sejam altas a evasão e a reprovação do curso superior semipresencial, o que diminuiria o número de alunos de escolas públicas nas graduações.

"Neste momento não estamos pensando o que faremos se não conseguirmos. Estamos pensando que conseguiremos", disse Vogt, reitor da Univesp (universidade virtual, responsável pelo curso) e articulador da proposta entre governo e universidades.

Um outro ponto positivo do projeto, de acordo com Vogt, é que uma política de Estado pode atrair aos vestibulares os alunos de escolas públicas que hoje acabam nem prestando o exame.

DIFERENÇAS

O governador apresentou uma avaliação diferente de outros envolvidos em relação à implementação do projeto.

Ele afirmou que é "automático" o preenchimento de 35% das vagas por alunos do ensino médio público no primeiro ano (uma espécie de reserva de vaga), mesmo que eles não tenham as melhores notas nos vestibulares (em 2014 ainda não haverá estudantes formados no curso preparatório semipresencial).

Vogt e o reitor da Unicamp, Fernando Costa, disseram que o número é uma meta a ser atingida-mesmo termo usado no material explicativo distribuído no evento.


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