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Ministério Público pede a prisão de Aref

Segundo investigações, ex-diretor da prefeitura cobrava propina para liberar obras irregulares na cidade; ele nega

Quatro funcionários ligados à Brookfield também foram acusados; Justiça deve analisar caso em 2013

DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Ministério Público Estadual denunciou o ex-diretor da Prefeitura de São Paulo Hussain Aref Saab sob acusação de formação de quadrilha, corrupção passiva e concussão (quando servidor público exige propina).

Os promotores do Gaeco (grupo que investiga o crime organizado) pediram a prisão do ex-diretor. O pedido deve ser analisado, em primeira instância, no início de 2013, após o recesso do Judiciário.

Aref é suspeito de ter comandado um esquema de corrupção dentro da Prefeitura de São Paulo na liberação de grandes empreendimentos, entre eles os principais shoppings da capital. Ele nega as acusações.

O caso foi revelado pela Folha a partir de maio deste ano numa série de reportagens. Após as publicações, o Ministério Público abriu várias frentes de investigação.

Na área cível, já há um processo em que foram bloqueados os 106 imóveis adquiridos por Aref durante os sete anos em que dirigiu o Aprov (setor de aprovações).

A denúncia criminal contra Aref apresentada em novembro, revelada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo", concentra-se em supostas irregularidades cometidas na liberação dos shoppings Pátio Higienópolis, Pátio Paulista e Raposo Tavares.

A principal base da denúncia é o testemunho da ex-diretora financeira da multinacional Brookfield Daniela Gonzalez que afirmou ter havido pagamento de propina a Aref e outros agentes para que irregularidades dos shoppings fossem ignoradas.

Ela apresentou documentos e listou outras testemunhas que poderiam contribuir para elucidar o caso.

Além de Aref, foram denunciados por formação de quadrilha e corrupção ativa quatro funcionários ligados à Brookfield -Bayard Lucas de Lima, Felipe Vasconcelos, Fernando Eltz e Márcia Saad.

Também foram denunciados os empresários Pedro Augusto Nascimento Júnior e Antonio Carlos Chapela suspeitos de fornecerem notas fiscais para justificar a saída de R$ 4,5 milhões para o pagamento de propina.

A Promotoria pediu a prisão de Lima, Nascimento Júnior e Chapela por serem, segundo ela, a principal engrenagem do esquema.


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