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Clubes tops ampliam exclusividade e apostam na 'década do esporte'

Com títulos de até R$ 520 mil, espaços de elite investem em atrativos como cinema 3D e balé

Copa e Olimpíada devem atrair mais interessados em títulos dos clubes, que hoje já têm filas de candidatos

Leticia Moreira/ Folhapress
Mariana Gottardi, 29, na quadra de tênis do clube Harmonia, que frequenta desde criança
Mariana Gottardi, 29, na quadra de tênis do clube Harmonia, que frequenta desde criança
AMANDA KAMANCHEK COLABORAÇÃO PARA A FOLHA EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Após previsões de extinção, por causa da "concorrência" com academias e condomínios completos, os tradicionais clubes de elite ampliam os serviços exclusivos de lazer e focam na "década do esporte".

Com isso, conseguem manter filas de candidatos dispostos a pagar até R$ 520 mil para se tornarem sócios.

As atrações hoje incluem cinema 3D, balé e até aulas de filosofia. Tudo exclusivo, no caso para os sócios do Club Athletico Paulistano (R$ 520 mil por título e transferência).

Na semana passada, por exemplo, o clube apresentou para seus sócios, num palco sobre as piscinas, o balé "O Quebra Nozes", com a Cia. Cisne Negro.

Mas clube também significa esporte e a expectativa agora é com a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016. Segundo especialistas do setor, a aposta na "década do esporte" é que, com o esporte em evidência, mais gente busque os clubes.

No Esporte Clube Pinheiros (título e transferência: R$ 66 mil), crianças que sonham em disputar uma Olimpíada poderão se espelhar ao vivo em medalhistas de verdade, como o nadador Cesar Cielo e o judoca Leandro Guilheiro, alguns atletas de ponta que treinam no clube.

"Trabalhamos com o objetivo de oferecer o melhor para o nosso associado, mas sem abandonar o importante trabalho no esporte, que ajuda a atrair os associados e estimulá-los à prática esportiva", afirma Luis Eduardo Dutra Rodrigues, presidente do clube.

Mesmo quem foca nos esportes enxerga outras vantagens na sociedade.

A publicitária Mariana Gottardi, 29, pratica tênis desde os 9 anos no Sociedade Harmonia de Tênis (título e transferência não informados).

Mas, ao listar seus interesses pelo clube, em primeiro lugar estão os amigos. "Quem é sócio antigo vem para cá pelo fato de ter os amigos. É a segunda casa para todo mundo."

Além das muitas opções culturais e esportivas disponíveis e da comodidade -estacionamento fácil, por exemplo-, reforçar os laços sociais é quase uma unanimidade.

"Moro muito perto do clube. É o 'quintal' da minha casa. Faço esporte, vou ao cinema, almoço e janto com os amigos [no clube]. Faço tudo o que ele oferece", diz Daniella Chede, 32, sócia do Paulistano há 30 anos.

Para quem deseja fazer parte dessas sociedades fechadas, o bom relacionamento com os sócios começa do lado de fora. Para para ser aprovado pela diretoria, é necessário ter no mínimo o aval de cinco deles.

"É super difícil [entrar no Paulistano]. Uma pessoa completamente nova tem muita dificuldade", diz Daniella.


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