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Preço e falta de vaga fazem filhos até mudar de clube

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Filhos de sócios têm cada vez mais dificuldade de encontrar um título em clubes nobres. Alguns chegam a mudar de clube.

Aos 23 anos, eles devem a comprar seu próprio título, que, embora custe menos do que um normal, pode chegar a R$ 50 mil, sem contar a taxa de transferência.

No Club Athletico Paulistano, o valor é de R$ 20 mil para filhos de sócios. Mas o problema é que a procura é maior do que a oferta.

"A caixa de títulos reserva do clube está vazia. Só se pode comprar de um sócio que deseja sair", diz Bettina Monteiro, conselheira.

O resultado é "uma fila de espera para os próprios filhos dos sócios", segundo Bettina, pois, como os títulos estão no mercado, ganha quem for mais rápido.

No Paulistano, as vagas já estão saturadas e manter os dependentes até que se casem -como previa a antiga norma- não é mais viável. "O título familiar não acompanha mais a configuração atual do Paulistano. Precisamos segurar a população [de sócios] em 26 mil."

Mesmo onde há vagas, o preço pode ser alto para alguém de 20 e poucos anos.

Na Sociedade Hípica Paulista (título normal a R$ 125 mil, com transferência inclusa), os jovens pagam R$ 45 mil e devem arcar com a mensalidade de R$ 726.

"É incompatível com a realidade das famílias modernas, em que as meninas se casam mais tarde, prolongam os estudos fazendo MBAs e pós-graduação e, por isso, nem sempre podem arcar com mensalidade cara", diz Francisco Ferrão, sócio da Hípica há 40 anos.

A solução para o caso de sua filha, Luiza Rondon, 26, foi mudar para o Harmonia, onde sua mãe e avó já haviam sido sócias.

O título custou R$ 26 mil -metade do da Hípica- e a mensalidade é menor: menos de R$ 500.


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