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Após chuva, semáforos ficam 3 dias à espera de conserto em São Paulo

Equipamentos danificados pelo temporal da véspera de Natal continuavam inoperantes ontem

No total, 101 aparelhos não funcionavam, alguns em avenidas importantes como a do Estado e Inajar de Souza

Avener Prado/Folhapress
Motociclistas no cruzamento da rua Peixoto Gomide com a alameda Jaú, nos Jardins, onde há semáforos com problemas
Motociclistas no cruzamento da rua Peixoto Gomide com a alameda Jaú, nos Jardins, onde há semáforos com problemas
DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DO “AGORA”

Semáforos danificados no temporal de segunda-feira, véspera de Natal, continuavam inoperantes ontem em vias e cruzamentos importantes da cidade de São Paulo.

Ao menos 101 não funcionavam, todos danificados entre os dias 24 e 26 por descargas elétricas, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Um deles era o da rua Peixoto Gomide com a alameda Jaú, nos Jardins (zona oeste) -desde às 22h41 do dia 24.

"Demorei dez minutos para atravessar. É um sufoco", disse a diarista Sinésia Garcia, 42, que atravessa a Jaú todos os dias naquele ponto.

Também estavam inoperantes equipamentos em avenidas de tráfego intenso, como a do Estado (na área central), Aricanduva (zona leste) e Inajar de Souza (norte).

Vários cruzamentos, como o da alameda Joaquim Eugênio de Lima com a rua Caconde (zona oeste), não tinham marronzinhos para organizar o tráfego. "Quase aconteceu acidente. Não dá para ver os outros carros vindo", disse o taxista Aparecido Felício, 54.

A manutenção dos semáforos paulistanos é feita por 45 equipes da empresa Serttel, contratada por 15 meses, em 2010, por R$ 13,7 milhões. O contrato foi prorrogado duas vezes -a última no dia 14, por três meses- e subiu para R$ 27,2 milhões no total.

De acordo com o presidente do Sindviários (sindicado dos agentes de trânsito de SP), Reno Ale, a demora na renovação pode ter afetado o ritmo da manutenção. "Ela [a Serttel] não sabia se continuaria prestando serviços."

Outro ponto, afirma, é a falta de materiais. "A empresa vinha com problemas de fornecimento de material de manutenção e estava usando peças de aparelhos que iam para o conserto em equipamentos que estão na rua."

Segundo marronzinhos, o número de funcionários da empresa é insuficiente e eles têm pouca capacitação.

A Serttel confirma a falta de peças. "A troca de placas eletrônicas, necessárias para que os semáforos voltem a funcionar normalmente, está sendo realizada à medida em que as mesmas são entregues", disse a empresa.

A situação também é agravada pelo sistema atual -65% dos semáforos eletrônicos não estão conectados a uma central. Na prática, isso engessa o trabalho das equipes, já que é necessário se deslocar até o local para reprogramar os aparelhos, mesmo que a energia volte.

Outro problema é a falta de no-breaks, que evitam desligamento em caso de apagão.


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