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Desafios de Haddad

Primeiros dias serão dedicados à prevenção das chuvas e data do reajuste da tarifa de ônibus; só depois entram prioridades da gestão como saúde, emprego e moradia

EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

Advogado, professor universitário, ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), 49, toma posse hoje, às 15h, como o 61º prefeito da cidade de São Paulo.

Eleito com 3,4 milhões de votos, ele terá o desafio de tentar solucionar uma série de problemas que há décadas afligem os moradores da maior metrópole brasileira.

Entre as metas estão melhorar o atendimento na saúde e promover mudanças urbanas e econômicas que gerem empregos na periferia e moradia de qualidade no centro, incluindo a aprovação de um novo Plano Diretor, Código de Obras, Lei de Zoneamento e novas operações urbanas.

Mas, em seus primeiros dias de despacho no quinto andar do edifício Matarazzo, no centro, Haddad deve colocar em sua agenda dois temas prioritários: a situação financeira da prefeitura e as fortes chuvas que atingem a cidade.

ALERTA PARA CHUVAS

O prefeito já determinou aos secretários das áreas envolvidas atenção total ao problema. As prioridades são monitorar as áreas de risco -para evitar mortes em alagamentos e deslizamentos- e fiscalizar com rigor o trabalho das empresas de limpeza pública, para garantir que o lixo não entupa as bocas de lobo.

Haddad recebe a prefeitura sem grandes preocupações financeiras. Ele tem cerca de R$ 6 bilhões em caixa, sendo R$ 2,5 bilhões comprometidos com despesas já feitas em 2012 e R$ 3,5 bilhões "carimbados" em áreas como saúde, educação e obras de operações urbanas -como o túnel de ligação da av. Roberto Marinho com a rodovia dos Imigrantes, que iniciou efetivamente na semana passada.

Para poder cumprir seus compromissos de campanha, ele precisa reduzir gastos e aumentar a receita.

Por isso, vai se dedicar nos próximos dias a definir a data em que entrará em vigor o aumento da tarifa de ônibus. Ele disse que não fará reajuste superior à inflação. Como o último reajuste foi há dois anos, a inflação já acumula 11,84%, o que elevaria a tarifa a R$ 3,36, no máximo.

O reajuste visa conter o crescimento dos subsídios às viações, que em 2012 atingiram o recorde de R$ 961 milhões. A cada mês sem aumento de tarifa, ele gastará R$ 35 milhões a mais em subsídios. Para 2013, estão previstos R$ 660 milhões.


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