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CDP de Pinheiros testará sistema anticelular

Após teste em Mogi, ideia é saber como será a ação do dispositivo numa unidade com mais presos e mais vizinhos

Em uso desde outubro, sistema brasileiro não afetou ligações de moradores de Mogi, apenas dentro da prisão

RICARDO FELTRIN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O aparelho brasileiro que desde outubro bloqueia com sucesso ligações de celulares de presos em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, terá um teste "de fogo" no próximo mês. Por ordem da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), o equipamento será testado no Cadeião de Pinheiros, zona oeste da capital.

O software foi desenvolvido por um pesquisador da Unicamp e é hoje produzido pela empresa Innovatech.

O sistema é mais barato que concorrentes e, nos testes em Mogi, não afetou ou impediu ligações de cidadãos comuns, nas vizinhanças do presídio. Outros equipamentos fracassaram justamente nisso.

Agora, a pasta quer testá-lo em uma região mais densamente povoada, tanto interna como externamente. É o caso do Cadeião de Pinheiros, nome que se dá para o conjunto de quatro Centros de Detenção Provisória que está superlotado: tem capacidade para 2.056 presos, mas abriga quase 6.000 -a unidade de Mogi tem 2.042.

Desde a semana passada, técnicos da empresa estão no presídio fazendo levantamento geográfico e arquitetônico, antes da instalação das antenas que viabilizam o bloqueio.

O teste em Mogi começou em outubro. Celulares são uma arma para o crime organizado agir de dentro das prisões.

Em nove dias, o software identificou 1.513 chips de celulares no CDP de Mogi, inclusive os de funcionários e visitantes. O sistema bloqueou todos os tipos de tecnologia usados -convencional, 3G e rádio. Ele também impede o envio de mensagens de texto (SMS).

Segundo relatório da operação, ao qual a Folha teve acesso, nos primeiros dias os presos fizeram várias tentativas de ligação para os SACs (Serviço de Atendimento ao Cliente) das operadoras -provavelmente para saber o motivo da "pane". Só para o SAC da TIM foram 23 tentativas em três dias.

Desde 2006, a secretaria faz testes com outro equipamento, o de uma companhia de origem israelense, a Suntech.

Innovatech e a Suntech travam uma batalha pela possível futura distribuição dos equipamentos a governos.

O equipamento da Suntech, uma espécie de "mala", tem custo de R$ 1 milhão por unidade (R$ 400 mil a mais que a produzida no Brasil).

Além disso, não foi revelado até o momento qual o limite de raio de ação da "mala".

Para efeitos de estudo, a Innovatech decidiu também testar uma "mala" nos moldes da concorrente.

Seu raio de ação ficou limitado a 25 m -pouco para a maioria das prisões no país.


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