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João Chakian (1935-2013)

Um advogado fiel a seus ideais

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Os mesmos ideais que o fizeram se engajar no movimento de esquerda, opor-se à ditadura e a participar do PSB (Partido Socialista Brasileiro) guiariam a trajetória de João Chakian até o fim da vida, como lembra sua filha Silvia.

Ocupou cargos de destaque, como o de secretário de Negócios Jurídicos, nos anos 80, no governo Montoro. Mesmo assim, não perseguiu riqueza. Era simples e discreto.

Natural de Porto Velho (RO), viveu em sua cidade até os 16 anos, quando veio sozinho para São Paulo com o sonho de estudar direito. Conseguiu realizá-lo em 1963, ao se formar no Mackenzie. Na faculdade, conheceu a mulher, Yara.

No período militar, o filho de comerciantes sírios de ascendência armênia correu risco de ser preso, teve de trocar de endereço e foi fichado pelos aparelhos de repressão.

Nos anos 80, já com a abertura, foi chefe de gabinete de Almino Afonso antes de sucedê-lo na secretaria de Montoro. Filiou-se ao MDB, como lembra a filha, e atuou na campanhas pelas Diretas Já.

Estruturou os departamentos jurídicos da CPTM, da Dersa e da Eletropaulo. O último lugar em que trabalhou foi a Secretaria dos Transportes.

Silvia conta que o pai era um "árabe típico": um turrão que gostava de gerenciar a família. Também é descrito como espirituoso e muito culto.

Sonhava em ter um filho homem, o que não aconteceu. Realizou-se, porém, com o genro, Ricardo, advogado. Silvia é promotora de Justiça.

Fumava muito. Viúvo desde 2001, morreu na segunda (14), aos 77, de enfisema pulmonar. A missa do sétimo dia será hoje, às 11h, na paróquia São Gabriel, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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