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Análise

Concorrência predatória fez hotéis do centro perderem mercado

JAMES AKEL ESPECIAL PARA A FOLHA

Quem não conhece a história de seu ramo de negócios quase sempre comete os mesmos erros do passado, com prejuízos de grande peso.

Desde o fim dos anos 1960 até a década de 1990, a hotelaria do centro de São Paulo perdeu mercado por travar entre si mesma uma concorrência predatória.

Os hotéis do centro até pagavam motoristas de táxi que levavam hóspedes. Depois veio a avalanche de descontos para que um hotel tomasse o hóspede do outro. E neste cenário, de diárias variadas para baixo, o hóspede ficava no vaivém de um hotel para outro, dependendo dos descontos que aumentavam a cada dia.

Mas estes hóspedes que procuravam bom preço começaram a ver que os hotéis do centro estavam piorando. Afinal, com tantos descontos para disputar mercado, os hoteleiros da chamada primeira geração paulista não perceberam que estavam reduzindo cada vez mais os lucros e não tendo dinheiro para a manutenção básica dos hotéis.

Neste momento, com os hotéis em péssimas condições, hóspedes passaram a buscar o novo polo hoteleiro que se criava na região da Augusta e Jardins.

Hoje, hoteleiros sobreviventes do centro entenderam que de nada adianta um hotel sem atualização e manutenção constantes.

"Atualização" passou a ser a palavra-chave do setor. Em equipamentos ou em pequenas obras que garantam conforto ao hóspede, tudo se baseia nessa palavra para que os hóspedes tenham preços menores do que os pagos em outros polos hoteleiros da capital.

A Copa do Mundo não tem importância real, pois traz menos hóspedes que um grande evento. A Copa trará no máximo 10 mil visitantes, se chegar a isso, contra 30 a 50 mil turistas de negócios que viajam para São Paulo a cada grande feira.

E, por incrível que possa parecer, a hotelaria da cidade enfrenta o pouco entendimento das políticas públicas. Se um ônibus de turistas parar na frente de um hotel para embarcar ou desembarcar hóspedes, corre o sério risco de, sem razão, ser multado.


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