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É preciso levar o deficiente à escola, afirma secretária

Titular da pasta da Pessoa com Deficiência diz que vai buscar recursos no MEC

Para Marianne Pinotti, outra prioridade são as pessoas com deficiência que vivem em abrigos públicos de São Paulo

JAIRO MARQUES DE SÃO PAULO

Resolver a situação de crianças deficientes que estão fora da escola e de enfermos abandonados em abrigos está entre as prioridades da médica Marianne Pinotti, 45, escolhida pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade.

Segundo a nova secretária, que entrou na gestão petista na cota do PMDB -ela foi candidata a vice na chapa de Gabriel Chalita (PMDB), que apoiou Haddad no segundo turno das eleições do ano passado- menos da metade das escolas municipais de ensino infantil e fundamental tem acessibilidade arquitetônica.

A área de educação será alvo de suas primeiras ações na pasta, aproveitando o início das aulas, em fevereiro.

"Temos um trabalho grande para trazer as crianças que ainda estão em escolas especiais para o ensino regular e, mais que isso, buscar as que ainda nem estão estudando", disse Marianne à Folha.

A secretária afirmou que vai pedir recursos do Ministério da Educação para ampliar as salas de acompanhamento e apoio à inclusão no município, que hoje são 382.

Dos 54.630 professores da rede, cerca de 20 mil passaram por cursos sobre educação inclusiva ou tiveram contato com a modalidade de ensino.

"Há cerca de 18 mil alunos com deficiência hoje na rede e acredito que temos muito mais que isso em São Paulo."

DEFICIENTES EM ABRIGOS

Para Marianne, que dirigiu departamento do Hospital Pérola Byington e foi secretária da Saúde de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), outra prioridade são ações direcionadas a pessoas com deficiências que estão vivendo em camas de abrigos públicos.

"Não temos uma conta ainda, mas muitos precisam de cuidados médicos", disse.

Na saúde, sua especialidade, a secretária quer ampliar ações voltadas à mulher com deficiência, como atendimento ginecológico e cuidados básicos, e descentralizar atendimentos de reabilitação.

"Temos núcleos de reabilitação espalhados pela cidade, mas será preciso fortalecê-los e aumentar a estrutura de atendimento. Não é possível que mães viajem horas da periferia ao centro para que seus filhos tenham uma sessão de fisioterapia na AACD."

Segundo a secretária, Haddad está particularmente preocupado com as calçadas.

"É um problema grave e que não será simples de resolver. Vamos precisar de ações de várias secretarias e da população. Penso que teremos uma solução ou um início de solução nesta gestão."

A prefeitura estuda um programa de empregos e de qualificação, direcionado a pessoas com deficiência, para atuar na administração municipal e em prestadoras de serviços.


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