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Análise

Motorista acha que é prioridade; pedestres são impacientes

LUIZ CARLOS MANTOVANI NÉSPOLI ESPECIAL PARA A FOLHA

O problema de travessia de rua não é exclusivamente nosso. Outros países buscam contornar este conflito de uso do mesmo espaço, mesmo os mais desenvolvidos.

Mas, estes, há muito tempo deixaram de focar só na fluidez dos veículos e passaram a olhar mais as pessoas.

Estudos realizados no Reino Unido, Alemanha e Nova Zelândia reconhecem que a pressa e a ansiedade fazem o pedestre seguir de acordo com a própria conveniência.

Mas observam que medidas simples, como a redução do tempo de espera do pedestre e o sinal vermelho com contadores regressivos de tempo, ajudam a aumentar a percepção de segurança.

Os estudos indicam que os pedestres não resistem esperar por mais do que 30 ou 40 segundos. Hábitos são criados durante longos processos, por observação do que os outros fazem e por repetição.

Quanto mais confuso é o ambiente e mais indecifrável a regra a ser seguida, mais difícil é estabelecer padrões adequados de comportamento.

Os motoristas ainda acreditam que o carro tem prioridade no trânsito e a rua foi feita para eles. Os pedestres impacientes e apressados seguem seus próprios caminhos. Como reeducá-los? Usando os meios de comunicação de massa.

Os cruzamentos nas cidades brasileiras são ambientes construídos com a finalidade de atender às necessidades do fluxo de automóveis, o que levou a se criar 52 diferentes "modelos" de sinalização para os pedestres, dificultando o ensino das regras estabelecidas na legislação, que são muito simples.

Se já é difícil entender o que fazer num cruzamento, o pedestre terá, ainda, de esperar de 60 a 140 segundos para iniciar a travessia.

Como os estudos indicam, é difícil imaginar que alguém aguente esperar esse tempo.


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