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Polícia investiga se matador fez mais vítimas

Segundo policiais, auxiliar de limpeza admitiu, em depoimento, o assassinato de cinco mulheres em São Paulo

Dois dos corpos foram encontrados em malas; vítimas, usuárias de crack, eram abordadas da mesma forma

GIOVANNA BALOGH AFONSO BENITES DE SÃO PAULO

O modo de agir era sempre o mesmo. Abordava uma usuária de crack, oferecia de R$ 10 a R$ 20 para transar com ele e, ao perceber que não teria ereção, se irritava e estrangulava a vítima.

Nos últimos três anos, ao menos cinco mulheres morreram dessa maneira. Mas a polícia suspeita de que haja mais vítimas. "Estamos apurando se outras mulheres morreram em situação semelhante na região", disse o delegado Itagiba Franco, da divisão de homicídios.

O suspeito dos crimes, de acordo com a polícia, é o auxiliar de limpeza Eduardo Sebastião do Patrocínio, 42. Ele foi preso no dia 24 pela morte de Senira Leite de Oliveira.

O corpo dela foi encontrado no dia 12 dentro de uma mala no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo.

Os investigadores chegaram até ele porque na mala onde o corpo de Senira estava havia a etiqueta de uma companhia aérea. Com as informações da etiqueta, a polícia descobriu quem era a dona da mala, que mora em um condomínio na zona oeste.

"Ela nos disse que havia jogado a mala no lixo do condomínio e passamos a rastrear os funcionários do prédio. Identificamos o suspeito porque ele morava perto do local onde o corpo foi achado", relata o delegado.

No início, a polícia achava que Patrocínio era autor de um único homicídio. Porém, em seu primeiro depoimento, ele confessou que em novembro do ano passado também tinha assassinado outra mulher, identificada como Naiara Ribeiro de Sá.

Horas depois de dar sua primeira versão para os fatos, ele chamou os policiais e confessou outras duas mortes, também no ano passado. Foi quando a polícia percebeu que estava diante de um assassino em série.

No dia seguinte à prisão, revelou mais um crime, cometido em dezembro de 2010. Essas três vítimas não tinham sido identificadas até ontem.

Nas confissões, segundo o delegado, o suspeito deu detalhes dos locais onde deixou os corpos, todos próximos da casa dele, no Itaim Paulista.

TRANQUILO

Patrocínio, de acordo com a polícia, não levantava suspeitas porque é uma pessoa tranquila.

Até a noite de ontem, ele não tinha constituído advogado, e a Folha não conseguiu contatá-lo. Em 2004, ele fora detido por furto, mas acabou não condenado.

O caso deste suposto assassino em série é semelhante ao de Francisco de Assis Pereira, que ficou conhecido como o "maníaco do parque".

Na década de 1990, Pereira confessou 11 estupros e assassinatos de mulheres no parque do Estado. Ele foi condenado a 121 anos de prisão.


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