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Amante de Matsunaga diz que Elize agredia o marido

Ela e a mulher do empresário, acusada de esquartejá-lo, foram interrogadas ontem

Embora faixa preta em lutas marciais, ele sofreria com arranhões constantes da esposa e vivia sendo machucado

DO “AGORA”

A amante do empresário Marcos Matsunaga, 42, afirmou que ele costumava ir visitá-la com arranhões e que ele e sua mulher, Elize Araújo Kitano Matsunaga, 39, estavam sempre brigando.

Nathália Vila Real Lima, 24, foi interrogada na manhã de ontem, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Elize, que confessou ter matado e esquartejado o empresário no dia 19 de maio de 2012, foi ouvida durante a tarde.

De acordo com Roberto Parentoni, advogado da amante de Matsunaga, Nathália disse ao juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri, que o empresário era calmo.

"Ela disse que Marcos sempre foi uma pessoa boa, carinhosa e amável."

Nathália disse também que ela e o empresário planejavam viver juntos, e que Marcos e Elize dormiam em quartos separados.

"A Nathália revela o perfil do Marcos como o de alguém angustiado porque o casamento não ia bem. Embora faixa preta de lutas marciais, ele aparecia machucado porque recebia agressões da Elize", afirmou Luiz Flávio Borges D'Urso, advogado da família do empresário assassinado.

ELIZE

O interrogatório de Elize Matsunaga começou às 13h40 e terminou por volta das 16h.

Ela não respondeu às perguntas do Ministério Público e dos advogados da família do empresário.

Em outubro do ano passado, o Ministério Público pediu a abertura de inquérito policial para apurar a participação de uma segunda pessoa no assassinato.

A acusada falou apenas com o juiz do caso, mantendo a versão dada à polícia de que foi agredida antes de balear o marido na cabeça e esquartejá-lo.

Quase um mês antes de matá-lo, Elize ligou para a Polícia Militar dizendo ter sido ameaçada por Marcos.

Na ligação, que foi gravada pela central da polícia, ela diz que seu marido saiu de casa depois de ameaçá-la.

De acordo com Luciano Santoro, advogado de Elize, ela recebia constantes ameaças do marido. "Ela não aguentou aquele momento de pressão", afirmou Santoro.

O advogado diz que durante os três meses anteriores ao crime, o empresário saiu com Nathália e ameaçou Elize, dizendo que iria interná-la e tirar a guarda da filha do casal.

Para Santoro, o caso de Marcos com Nathália não foi a motivação para o crime, mas, sim, a discussão do dia anterior à morte de Matsunaga.

A Justiça ainda aguarda os laudos da exumação do corpo do empresário para marcar o julgamento.


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