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João Batista Neto Chamadoira (1941-2013)

Um professor da Unesp de Bauru

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

"Quer nota fiscal?" Quando o autor da pergunta era uma mulher, João Batista Neto Chamadoira, um galanteador, respondia cantando o número do CPF em forma de rap ou usando alguma outra melodia inventada na hora.

O brincalhão Chama, como era conhecido, foi um doutor em linguística e língua portuguesa que desde os anos 90 dava aulas no curso de jornalismo da Unesp de Bauru (SP). Aposentou-se em 2011, mas continuava ativo.

Natural de Atibaia (SP), veio a São Paulo para estudar na USP, onde se formou em letras em 1969. Na ditadura, militou em grupos de esquerda, foi preso e perdeu o emprego. Decidiu abandonar a luta para constituir família e dedicar-se à profissão de professor. Por isso, alguns companheiros deixaram de falar com ele.

Foi casado com Ângela, também professora, que morreu em 1999 de câncer. Depois de se aposentar na Escola Técnica Federal, em São Paulo, passou em concurso e foi para Bauru dar aulas.

Lá, tinha um programa na rádio da Unesp, em que lia poemas e contos com Neidy, sua companheira nos últimos oito anos. Escrevia num jornal da cidade e lançou um livro didático e um de poesia e contos.

No site chamadoiranoar.com, publicava seus trabalhos, como críticas de filmes.

Corintiano roxo, andava nos últimos tempos com uma camisa comprada no Peru, da seleção daquele país, com o nome de Guerrero nas costas. Adorava futebol de botão.

Na quinta (24), o carro em que estava com três amigos foi pego por uma carreta, na estrada. Morreu aos 71, deixando dois filhos e dois netos. Os amigos sobreviveram.

coluna.obituario@uol.com.br


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