Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Movimento no HC cai 90% após início de obras

Pacientes com casos de menor gravidade foram orientados a procurar postos de saúde

DE SÃO PAULO

No primeiro dia da reforma do pronto-socorro do Hospital das Clínicas, zona oeste de São Paulo, o movimento de pacientes surpreendeu médicos, que esperavam confusão.

As obras, que pretendem modernizar a área voltada para casos graves, restringem o atendimento a pacientes que não chegam de ambulância -cerca de 300 dos 340 que passam no PS comum.

Fora dessa conta estão 200 pacientes diários de oftalmologia e otorrinolaringologia, para os quais nada muda.

"Desde terça-feira, quando começamos a avisar a população, a procura dos pacientes pelo PS começou a cair. Mas hoje [ontem] o movimento caiu cerca de 90% em relação a um dia convencional", disse a coordenadora do plantão controlador do HC, Beatriz Perondi.

Os pacientes que chegavam ontem ao local passavam por uma equipe de orientação com médicos, que ouvia as queixas e orientava os casos menos graves a procurarem a rede de saúde mais próxima de suas casas.

Quem insistiu ou estava com dor foi direcionado para uma triagem médica, que divide a gravidade dos casos em seis cores. A espera para os casos menos graves podia chegar a quatro horas.

ATENDIMENTO

Morador de Caieiras (Grande São Paulo), o pedreiro José Dias de Castro, 56, elogiava a iniciativa do hospital, que tornou seu atendimento mais rápido do que esperado.

"Tenho um tumor no cérebro, estou com muita dor de cabeça. Ontem [anteontem] à noite passei no pronto-socorro ao lado de casa, mas deram uma injeção e nada adiantou. Só por isso vim aqui", disse.

Um dos "convencidos" a não passar pela triagem médica foi o cabeleireiro Reinaldo Crispim, 30. Ele foi ao pronto-socorro porque está um um caroço no peito e queria que um médico do Hospital das Clínicas o encaminhasse para um especialista.

"Falaram que era para eu procurar um posto de saúde perto de casa, mas já sei que vai demorar uns três, quatro meses", afirmou.

No último dia 18, a Folha revelou que consultas e exames na rede municipal, responsável pelos postos de saúde, podem demorar até 35 meses: 661 mil pedidos médicos estavam na fila em outubro.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página