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Demora na retirada de árvores caídas vira 'jogo de empurra'

Prefeitura de SP e Eletropaulo se esquivam de responsabilidade

RAFAEL ITALIANI DO “AGORA”

A prefeitura e a Eletropaulo (empresa concessionária de energia) estão jogando uma para a outra a responsabilidade de retirar galhos e árvores que caíram em São Paulo após a série de tempestades que atingiu a capital nos últimos dias.

Anteontem, a concessionária disse que aguardava a chegada de equipes das subprefeituras em algumas regiões para restabelecer o fornecimento de energia.

Já ontem, o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Chico Macena, afirmou em entrevista na TV que o "problema é que muitas árvores caíram com a fiação [da rede elétrica]".

O secretário também disse que, para poder cortar essas árvores, a prefeitura precisa esperar que a Eletropaulo desligue a rede elétrica.

Já a concessionária afirmou que chegou antes da prefeitura aos locais e que a responsabilidade de cuidar das árvores é da prefeitura.

"Em nenhum dos casos, tivemos responsabilidade [na demora]. A gente chega, entra em contato com eles, vemos as condições e esperamos", afirmou Otávio Grillo, diretor de operações da Eletropaulo.

De acordo com ele, anteontem as equipes da concessionária esperaram 18 horas pela chegada da prefeitura em um ponto da alameda Casa Branca, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).

Grillo disse que, em casos menos graves, os técnicos da Eletropaulo conseguem retirar galhos dos fios. No ano passado, segundo o diretor de operações, a concessionária fez 262 mil podas preventivas de galhos que haviam atingido a fiação da rede.

A prefeitura afirmou que tem mais de 60 equipes para fazer a retirada e a poda das árvores. Em nota, a Secretaria de Coordenação da Subprefeitura disse que "é necessário apoio mútuo" entre a prefeitura e a Eletropaulo.

A secretaria também disse que precisa da concessionária para desligar a energia por questões de segurança.

Ontem, apesar de não ter sido registrada chuva significativa ao longo do dia, a capital paulista ainda sofria os transtornos dos temporais do início da semana.

No Jabaquara, zona sul, um exemplo: o tronco de dez metros de uma quaresmeira só foi retirado ontem, cinco dias depois da tempestade que o derrubou, na última sexta-feira. Nesse período, a árvore ficou obstruindo a entrada da garagem da professora de botânica aposentada Myriam de Oliveira, 77.

Por volta das 20h de ontem, havia 42 árvores caídas e 97 semáforos apagados ou com o amarelo intermitente.


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