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Rebelião na Fundação Casa deixa 7 reféns feridos
Funcionários levaram socos, chutes e pauladas
Armados com barras de ferro, pedaços de pau e facas artesanais, os 64 jovens internados na unidade Vila Conceição da Fundação Casa (antiga Febem), zona leste, promoveram uma rebelião que fez 18 funcionários reféns.
Eram 9h30 de ontem quando os internos renderam um coordenador da unidade e iniciaram a série de agressões.
Os funcionários foram levados para uma quadra esportiva, onde sete deles, incluindo o diretor, foram agredidos a pauladas, socos e chutes. Os jovens ainda jogaram álcool nos servidores e ameaçaram incendiá-los.
Os rebelados atearam fogo nos alojamentos, depredaram a cozinha e quebraram computadores. No chão da quadra, escreveram frases em alusão à facção criminosa PCC e ao jovem que morreu asfixiado em um motim nesta mesma unidade no mês passado.
A rebelião só terminou às 13h20, quando a tropa de choque da Fundação Casa negociou a rendição do grupo e a libertação dos reféns. Cinco jovens se feriram ao tentar fugir pulando os muros.
Segundo parentes, os adolescentes reclamam de ter apanhado dos servidores e da falta de socorro ao colega que morreu no mês passado.
Já os funcionários dizem que o motivo foi a mudança na rotina dos adolescentes, que tiveram o tempo de banho de sol reduzido porque só há três agentes por turno, quando o ideal é ter 15, conforme eles.
A corregedora da Fundação Casa, Elise Tieme Yamaguchi, afirma que os jovens queriam ser transferidos de unidade, sem justificar a razão pela qual pediram isso.
A instituição informou que abriu uma investigação para apurar o motivo da rebelião e a atuação dos funcionários.
