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Estudantes protestam em missa de dom Odilo na PUC

Alunos criticaram escolha pelo cardeal de 3ª colocada na eleição para reitoria

Parte final da cerimônia teve momentos de tensão, com gritos contra a reitora e de apoio ao arcebispo

DE SÃO PAULO

Usando esparadrapos e lenços na boca, simulando mordaças, estudantes da PUC-SP fizeram ontem à noite protesto durante missa do cardeal dom Odilo Scherer no campus principal da universidade, em Perdizes (zona oeste).

Os alunos criticaram a escolha da reitora Anna Cintra (terceira colocada em eleição interna), feita por dom Odilo, e uma norma da dirigente que exigia que qualquer manifestação no campus teria de receber autorização da administração central da escola.

Antes mesmo do protesto, a reitora já havia revogado a decisão. Os alunos, porém, afirmaram ser necessário reforçar a contrariedade.

A parte final da cerimônia religiosa, no pátio da cruz, teve momentos de tensão. Enquanto estudantes gritavam "fora Anna Cintra", os participantes da missa gritavam "dom Odilo" e "a PUC é católica". Ao microfone, o cardeal pediu serenidade. Ele é um dos possíveis substitutos do papa Bento 16.

Segundo participantes, a ideia era que o ato fosse silencioso, o que foi seguido por cerca de cem estudantes durante a missa na capela, ao lado do prédio da reitoria.

O cardeal e os participantes, porém, se deslocaram para dentro do campus, no pátio da cruz, para seguirem a cerimônia. Ali, encontraram centenas de alunos -que, em alguns momentos, romperam o silêncio e gritaram palavras de ordem. E veio a resposta.

Muitos alunos também exibiam reprodução de carta assinada pela reitora durante eleição interna, comprometendo-se a não assumir caso não fosse a mais votada.

Na PUC-SP, o reitor é escolhido pelo arcebispo de São Paulo, a partir de uma lista tríplice encaminhada após eleição na universidade.

Tradicionalmente, o mais votado é o escolhido, mas, no ano passado, dom Odilo optou pela terceira colocada.

Os manifestantes dizem que o ato significou quebra de autonomia. Já a igreja afirma que o estatuto não foi ferido, uma vez que cabe ao cardeal a escolha do novo dirigente.

A decisão por Anna Cintra é analisada pela Justiça.


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