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João Paulo Cechinel Souza (1980-2013)

Um militante da saúde pública

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Nos últimos dois anos, o médico João Paulo Cechinel Souza tentou não viver em função da doença. Saía de uma sessão de quimioterapia e ia atender no ambulatório ou participar de uma reunião no Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), de onde era secretário de imprensa.

Catarinense de Tubarão, cresceu parte em sua cidade, parte na vizinha Imbituba. Foi para Florianópolis cursar medicina, mesma área de seu pai, que era psiquiatra e que João Paulo perdeu aos cinco anos devido a um acidente de carro.

Formou-se em 2003, na federal, e fez residência em clínica geral, em Florianópolis, e em infectologia, no Emílio Ribas, São Paulo, onde conheceu sua mulher, a também médica Juliana.

Em 2010, começou a trabalhar no Hospital das Clínicas.

Dividia-se entre sua atividade como médico e sua atuação política, que começou a aflorar depois das leituras de Trótski, autor que admirava.

Filiou-se ao PT, presidiu a Ameresp (Associação dos Médicos Residentes do Estado de SP) e escreveu para os sites "Carta Maior" e "Observatório da Imprensa". Também colaborou com a seção "Tendências/Debates" da Folha.

Muito atuante, foi responsável pelo "Fórum de Lutas Contras as Organizações Sociais".

Na época em que ganhou o filho, Gabriel, de dois anos e oito meses, descobriu um raro tumor nas glândulas de suor. Acionou a Justiça para que seu plano de saúde pagasse as quimioterapias.

Alegre, afetuoso e gentil, não parou de trabalhar. Mas o câncer não regrediu e o levou à morte anteontem, aos 32. As cinzas serão jogadas numa praia de Imbituba.


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