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Despejo de casa de eventos deixa noivas e debutantes sem festa
AMANDA KAMANCHEK DE SÃO PAULOA menos de dois meses de seu casamento, Dayane Souza, 27, descobriu que a empresa que alugou o imóvel do século 19 onde seria a sua "grande festa" foi despejada.
"Já estava com os convites prontos e a equipe de decoração afinada, quando meu noivo viu a ação de despejo da Moinho Eventos", diz ela.
A empresa aluga há 12 anos o espaço que abrigou nos anos 1990 uma das maiores baladas da cidade, a Moinho Santo Antônio. Desde 2007, o imóvel da Mooca (zona leste de São Paulo) é considerado patrimônio histórico.
Na semana passada, a proprietária, Moinho Empreendimento S/A, pediu as chaves de volta. Com isso, mais de 30 eventos agendados até julho terão de ser remanejados. A Moinho Eventos chegou a entrar com ação na Justiça para estender o prazo de entrega do imóvel, mas não obteve a permissão. "Ao todo, serão 50 mil pessoas prejudicadas", diz Carlos Eduardo Braga, diretor da empresa.
Dezessete casamentos, alguns agendados há mais de dois anos, não acontecerão no local. Festas de formatura e de debutantes também terão de ser remanejadas.
Dayane diz que soube do despejo no início de fevereiro. Ela conseguiu "por um milagre" alugar o Espaço Gardens, na Vila Leopoldina (zona oeste), no mesmo dia.
O advogado da proprietária, José Yunes, afirmou que o imóvel foi vendido há seis meses. O nome do comprador não foi divulgado.
Os clientes serão ressarcidos, diz a Moinho Eventos.