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Análise

Com esperteza e prepotência juvenis, Chorão foi um espelho para seus fãs

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Em 1997, o rock brasileiro vivia um momento difícil, dez anos depois da afirmação de Legião Urbana, Titãs, Barão e Paralamas, entre outros. O gênero claudicava em vendas diante do É o Tchan.

Lançado naquele ano, o primeiro álbum do Charlie Brown Jr. surgiu sob desconfiança. Saiu por uma grande gravadora (Virgin), com tutela de Rick Bonadio, que fora produtor dos Mamonas Assassinas. Tinha cara de armação.

Não era. E quem deixou isso bem claro foi Chorão. A música do Charlie Brown Jr. era simplória, apenas mistura de rock e hip-hop, mas o cantor fazia a diferença.

Assim como a maioria dos garotos, Chorão não era exatamente o galã da turma. Tinha marra de sobra e uma aura de esperteza, do jeito que todo moleque quer ser.

A identificação com o público era um espelho. Chorão se vestia e falava como os fãs. Andava de skate.

A recente perda de espaço na mídia veio do enfraquecimento da divulgação das gravadoras e das brigas internas que mudaram a formação da banda várias vezes -na definição mais simpática veiculada por aqueles que o conheciam, Chorão "não era fácil".

O papel dele no pop nacional foi levar aos fãs um ídolo possível. Alguém parecido com eles era uma estrela de rock.


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