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Análise

Silêncio do goleiro deixou lacuna na cabeça dos jurados

LUIZ FLÁVIO GOMES ESPECIAL PARA A FOLHA

PROMOTOR DEMONSTROU, MINUTO A MINUTO, TODAS AS LIGAÇÕES FEITAS POR BRUNO PARA TODAS AS PESSOAS ENVOLVIDAS, O QUE EVIDENCIARIA SUA POSIÇÃO DE COMANDO

Uma das chaves importantes para decifrar o julgamento do goleiro Bruno reside na quantidade inusitada de perguntas que os jurados lhe fizeram. Isso tem grande significado no plenário do júri.

Ficou evidente que eles queriam mais informações do réu. Seu silêncio, diante das perguntas do promotor, em lugar de significar o fim do seu suplício, deixou uma lacuna enorme na cabeça dos jurados, que queriam mais informações para poderem votar com convicção.

Embora jovens, acompanharam todo o julgamento com uma atenção esperada.

Nos debates orais, o promotor surpreendeu ao pedir a absolvição de Dayanne Souza, acusada de sequestro do filho do jogador, mas agiu com coerência porque ela delatou o ex-policial José Lauriano, o Zezé, que está sendo agora investigado para se saber o grau da sua participação no crime.

Em relação a Bruno, a linha do tempo exposta pelo promotor foi precisa e didática.

Demonstrou, minuto a minuto, todas as ligações feitas por ele, antes, durante e depois do crime, para todas as pessoas envolvidas na tragédia, o que evidenciaria sua posição de comando, de domínio, de controle. Daí o pedido de pena máxima, sem nenhuma indulgência.

Bruno não confessou nem delatou ninguém.

Mesmo assim, o defensor pediu a redução da sua pena, seja pedindo o afastamento das qualificadoras do homicídio (motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e esganadura), seja postulando o reconhecimento da participação de menor importância.


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