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'High-tech', abrigos novos não informam itinerários de ônibus

Grupo protesta espalhando cartazes em branco para que usuários escrevam quais linhas passam nos pontos

Usuários reclamam que abrigo de vidro tem proteção limitada ao sol; Prefeitura diz que a fase é de implantação

OLÍVIA FLORÊNCIA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Anunciados pela prefeitura como mobiliários com design e tecnologia modernos, os novos pontos de ônibus paulistanos estrearam sem informação básica: quais linhas passam pelo local.

Ao lado do calor e da claridade, essa foi a principal queixa de usuários ouvidos pela Folha nas avenidas Sumaré e Doutor Arnaldo (zona oeste), duas das primeiras a receberem os equipamentos.

A falta de informação levou um grupo a espalhar cartazes pelos pontos para que os próprios usuários escrevam quais linhas passam ali.

A SPObras, responsável pela implantação dos pontos, diz que os abrigos "ainda estão em fase de implantação".

A instalação dos pontos integra um projeto de troca do mobiliário urbano iniciado na gestão Gilberto Kassab (PSD), que inclui 6.500 abrigos e mil relógios digitais.

A licitação, finalizada em 2012, prevê que os pontos tenham painéis com tecnologia touch screen (acionados por toque na tela), mas a única sinalização até ontem eram os cartazes colados pelos próprios usuários com a inscrição "Que ônibus passa aqui?".

"Sei para onde estou indo, mas quem não sabe fica perdido", disse a engenheira ambiental Fernanda Brito, 24.

O adesivo, que circula pela internet, é iniciativa de um grupo de Porto Alegre, que ganhou apoios pelo país. "Já é possível encontrar versões da ideia até em Lima, no Peru", diz Luciano Braga, 27, um dos criadores do adesivo.

Em São Paulo, os cartazes foram afixados pelo grupo "Imagina na Copa", que visa "dar um passo além da reclamação em relação à Copa, mostrando jovens que se movimentam para melhorar a vida das pessoas", diz a cofundadora Mariana Ribeiro, 27.

CALOR

Outra queixa era sobre calor e proteção limitada ao sol (os abrigos são de vidro). "É bem mais quente", disse o aposentado Ciro da Silva, 65.

"Qualquer cobertura opaca é melhor que o melhor dos vidros, ainda mais com teto baixo. Fica a sensação de mormaço de praia", diz Luiz Chichierchio, arquiteto especialista em conforto ambiental.


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