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Aluno mata professora em escola estadual

Homem de 33 anos que fazia curso para adultos esfaqueou vítima dentro da sala de docentes de colégio no interior de SP

Segundo colegas, estudante se irritou porque ela não havia aceitado proposta para sair com ele na sexta

MARÍLIA ROCHA ENVIADA ESPECIAL A ITIRAPINA

Uma professora foi morta a facadas na noite de anteontem por um aluno que invadiu a sala dos docentes de uma escola estadual de Itirapina (a 212 km de São Paulo). O estudante, de 33 anos, foi preso.

Simone de Lima, 27, teve cortes nos braços, nas costas, no rosto e no pescoço. Ela foi socorrida, mas morreu antes de chegar ao hospital.

Segundo a polícia, a suspeita é de crime passional.

O aluno Thomas Hiroshi Haraguti, 33, começou a cursar a EJA (Educação de Jovens e Adultos) na Escola Estadual Professor Joaquim de Toledo Camargo em fevereiro. Colegas dizem que ele se apaixonou por Simone, que era professora substituta de biologia.

O crime ocorreu antes do início das aulas do dia. De acordo com testemunhas, Haraguti entrou na escola com um facão, foi até a sala dos professores e esfaqueou Simone. Outro professor que estava no local tentou impedir a agressão, mas não conseguiu.

Haraguti fugiu, mas foi preso por volta das 3h. Segundo a Polícia Militar, ele estava em um matagal e confessou o crime. A Secretaria de Segurança Pública informou que ele deve ser indiciado sob suspeita de homicídio qualificado.

'IRRITADO'

Em depoimento à polícia, o aluno disse apenas que ficou "irritado" com a professora na última sexta-feira e, por isso, decidiu que não queria mais vê-la.

"Ele era muito quieto, até no recreio. Era inteligente também. Na sexta, ele pediu para outro aluno perguntar se a professora sairia com ele e não aceitou que a resposta fosse não", disse a estudante Pâmela Fernandes, 18. "Mas não comentou mais nada depois. Ninguém imaginou que pudesse terminar assim."

O corpo da professora foi enterrado na tarde de ontem, em clima de comoção. Professores e alunos disseram estar surpresos e inconformados com o crime.

"Ela se sentia realizada em dar aula, dizia que tinha o dom para isso. Nunca teve dificuldade com aluno. Não entendo por que um monstro desse resolve fazer essa barbaridade com ela", disse Silmara Braga, irmã de Simone.

A escola suspendeu as aulas por dois dias.

Felippe Angeli, responsável pelo sistema de proteção escolar da Secretaria da Educação, negou que houvesse falhas de segurança na escola e disse que não havia registro de problemas com o aluno.


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