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Delegado diz não ter dúvidas de que Mizael matou Mércia

Dados de GPS e celular mostram que ele esteve no local do crime, afirma policial

No 2º dia do júri, amiga do réu depôs como testemunha de defesa e disse que relação do casal era pacífica

TALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO

Primeira testemunha a ser ouvida ontem no julgamento de Mizael Bispo de Souza, 43, o delegado Antônio Assunção de Olim, que investigou a morte de Mércia Nakashima, 28, disse não ter dúvidas de que o policial aposentado a matou.

Mizael é acusado de atirar na ex-namorada por três vezes e jogá-la ainda viva, dentro do carro, numa represa de Nazaré Paulista (a 64 km de São Paulo) em 23 de maio de 2010. Ela morreu afogada.

O PM aposentado nega o crime e diz que, naquele dia, estava no estacionamento do Hospital Geral de Guarulhos, com uma prostituta.

Segundo o delegado, Mizael e o vigia Evandro Bezerra da Silva, apontado como cúmplice, combinaram a morte de Mércia por meio de um telefone "frio", adquirido por Mizael, mas que estava em nome de um desconhecido.

Em depoimento à polícia, Silva afirmou que foi buscar o policial na represa por volta de 21h, disse o delegado.

Para comprovar isso, disse que, quando os dois deixaram a área da represa, passaram por carros da polícia que atendiam a um atropelamento envolvendo um automóvel prata. Com base na declaração, o delegado pediu à PM, então, uma lista das ocorrências do dia na região e confirmou a informação dada pelo vigia.

GPS E CELULAR

O depoimento do delegado foi o principal no segundo dia de julgamento.

Por cinco horas, ele ressaltou os elementos da investigação que o fizeram ter certeza da autoria do crime -como os dados do GPS do carro de Mizael e as informações das antenas telefônicas usadas pelo celular dele naquele dia.

As informações das antenas comprovam, segundo o delegado, que ele não estava no hospital na noite do crime, como afirma. Só o veículo ficou estacionado no local.

A versão foi confirmada pelo investigador Alexandre Simone Silva, que também depôs ontem. Na época do crime, ele analisou os registros telefônicos, que indicavam que Mizael atendeu a uma ligação quando estava perto da represa.

O investigador foi convocado pela defesa, que buscou desqualificar seu trabalho no inquérito, questionado se ele era perito em telefonia. O policial disse que não era, mas que faz trabalhos do tipo para a polícia há anos.

Para a acusação, no entanto, a tática não deu certo. "As testemunhas de defesa estão sendo favoráveis à acusação", afirmou o promotor Rodrigo Merli Antunes, ao final do dia. A defesa não falou com a imprensa.

Além do policial, também foi ouvida ontem outra testemunha de defesa, a amiga de Mizael, Rita Maria de Souza.

Ela afirmou que a relação entre ele e Mércia era pacífica.


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