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Falta de manutenção afeta metade dos parques de SP

Contratos com empresas para limpeza e segurança não foram renovados

Gestão Haddad diz que problema começou em 2012, mas admite falha e afirma que situação será resolvida em até 90 dias

EDUARDO GERAQUE EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

No parque Trianon, na avenida Paulista, uma cena retrata a situação precária vivida por metade dos 97 parques da cidade de São Paulo administrados pela prefeitura.

Um usuário, por volta das 13h de ontem, começa a urinar na mata, ao lado do prédio histórico que abriga o único banheiro do Trianon.

O sanitário está interditado desde o início do mês "por problemas operacionais", informa a placa. O mesmo ocorre com o banheiro feminino.

Em menos de 15 minutos, dez pessoas tentaram, em vão, utilizar o banheiro.

Os problemas operacionais em questão atingem 48 parques e são decorrentes de uma falha de gestão. A prefeitura não renovou ou assinou novos contratos com empresas para manutenção, manejo de plantas e segurança.

Em algumas dessas áreas, não há limpeza nem guardas.

"Alguns problemas vêm desde agosto [ainda na gestão de Gilberto Kassab (PSD)], mas nós estamos há 70 dias no cargo e reconhecemos o problema", disse Ricardo Teixeira, secretário do Verde e do Meio Ambiente do governo de Fernando Haddad (PT).

Por problemas burocráticos e de gestão, disse, contratos vencidos acabaram não sendo renovados. "Em até 90 dias, no máximo, tudo vai estar funcionando direitinho."

A situação piora principalmente aos finais de semana, quando a utilização dos parques aumenta. Nesses dias, a limpeza está sendo feita de forma improvisada, por funcionários das subprefeituras.

Assim, hoje e amanhã, dependendo de medida emergencial adotada ou não pela prefeitura, o usuário pode encontrar o seu parque preferido limpo ou ver muito mato e lixeiras transbordando.

"É um absurdo um parque como o Trianon não ter banheiro. Pessoas de idade, crianças não têm como fazer [suas necessidades]", diz João da Silva, frequentador.

Nas últimas semanas, a reportagem da Folha flagrou mato alto, lixeiras lotadas e muitas folhagens escorregadias espalhadas pelo chão em cinco parques da cidade.

Há alguns casos em que até os equipamentos do parque -como brinquedos e bancos- estão quebrados.

No parque do Cordeiro, na zona sul da cidade, a administradora do local resolveu promover um mutirão, com seus próprios funcionários, para limpar os banheiros.

O conselho gestor, responsável por fiscalizar o parque, ameaça fechá-lo nos próximos dias caso a situação da limpeza e segurança não seja totalmente resolvida.


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