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Foco

Memorial da América Latina terá parque infantil e área de ginástica

JULIANA GRAGNANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Memorial da América Latina, que completa 24 anos hoje, vai deixar de ser espaço político para focar a parte cultural e ser um espaço popular.

O anúncio é do cineasta João Batista de Andrade, presidente da fundação desde 2012. "O memorial não deveria ser um centro para definir as relações latino-americanas. Para isso, já temos as embaixadas e os consulados. Ser o centro político da América Latina é uma ilusão e uma pretensão desmedida."

Neste final de semana, a fundação inaugura o "Novo Memorial", para que o espaço seja "ocupado pela população", com parque para crianças, aparelhos de ginástica, feira de artesanato e praça coberta por lona de circo.

Se for bem-sucedida, a iniciativa poderá permanecer por um prazo maior. O presidente da fundação não descarta construir uma pista para circulação de bicicletas.

O memorial, que já recebeu líderes como Bill Clinton, Hugo Chávez, Fidel Castro e o papa Bento 16, teve planejamento cultural do antropólogo Darcy Ribeiro e projeto de Oscar Niemeyer.

"Não há conflito quanto ao que for removível, como uma lona de circo, mas à medida em que algo mais permanente for instalado, cabe uma discussão, principalmente em uma obra emblemática como essa", diz a arquiteta Maria Lucia Refinetti Martins.

"É a declaração de que é preciso transformar a fundação em lugar que acolha seres humanos e não pessoas que sofrem sob o sol", diz o sociólogo Demétrio Magnoli.

Para ele, a mudança representa uma ruptura com o projeto de Niemeyer.

Em 2012, cerca de 606 mil visitantes passaram pelo memorial, que recebe quase R$ 15 milhões anuais do Estado, valor congelado desde 2006.


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