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Rios sumiram sob o concreto; enchentes e poluição surgiram

DE SÃO PAULO

Enchentes, poluição e mau cheiro são as principais consequências da canalização ou da retificação dos rios da cidade, segundo especialistas.

"A galeria pluvial é reta, vai para o vale sem que a água evapore, não tem curvas nem obstáculos para freá-la. E as pessoas ainda querem que não haja enchente?", diz o geógrafo Luiz de Campos Jr.

Além disso, "com os rios encobertos, fica difícil preservá-los", afirma o engenheiro Sérgio Costa, do Instituto de Engenharia.

Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), as pessoas jogam nas ruas pneus, bitucas de cigarro e até colchões. Tudo isso vai parar nos rios.

Até 2020, a Sabesp, junto às prefeituras da região metropolitana, tem a meta de despoluir o rio Tietê e toda a sua bacia, o que inclui o rio Saracura e os outros córregos que passam pelo município.

OPERAÇÃO LIMPEZA

O Projeto do Tietê é financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e custará no total R$ 3,9 bilhões.

"O objetivo é recuperar o contato da população com a natureza", diz Paulo Massato, diretor da Sabesp na região metropolitana. Segundo ele, já foram limpos e são monitorados 137 córregos pelo projeto Córrego Limpo.

No entanto, o Anhangabaú ainda não foi limpo porque "ele e seus afluentes são invisíveis".

"Os córregos priorizados são aqueles onde ocorrem reformas contra enchentes ou a construção de novos conjuntos habitacionais", diz.

Sobre a prevenção de enchentes, a Prefeitura diz que planeja construir um piscinão no Anhangabaú.

"Esses piscinões fazem o papel de várzea em locais que não poderiam ter sido invadidos, diz o engenheiro Aluisio Canholi, engenheiro civil e um dos autores do plano de macrodrenagem do Estado.

"Não se planejou a cidade há 500 anos. Agora, vamos correndo atrás do tempo perdido", afirma.


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