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Outro lado

Líderes das duas gangues foram presos, diz governo

Titular da Segurança Pública diz que Estado não registra cor de vítimas pois não há como outra pessoa estabelecer quem é negro

DO ENVIADO A JOÃO PESSOA

De acordo com o delegado Isaías Gualberto, assessor de ações estratégicas da Secretaria de Segurança Pública, os líderes dos grupos "Okaida" e "EUA" já foram presos.

Segundo o delegado, das 518 mortes violentas registradas no ano passado, 284 foram elucidadas, o que fará a sensação de impunidade diminuir com o tempo e, com ela, a criminalidade.

A investigação melhorou, afirma o delegado, porque o governo do Estado aumentou o número de policiais civis na capital.

Sobre as mortes de negros em João Pessoa, o secretário da Segurança e da Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, diz que os números do Mapa da Violência sobre esses homicídios em João Pessoa indicam uma tendência.

No entanto, o secretário afirma que essas informações não são exatas, pois a base são dados do Ministério da Saúde (SUS).

Segundo ele, pode haver discrepância entre os dados populacionais do IBGE, que trabalha com a autodeclaração da cor, e os de homicídios registrados pela rede do SUS, em que o médico precisa atestar a cor da vítima.

O Estado não registra a cor das vítimas, afirma o secretário, porque não há como um terceiro (um policial) estabelecer quem é negro.

Assim, não há dados do governo estadual sobre os números de mortes de negros na Paraíba.

"O recorte [feito pelo governo para ações de segurança pública] é o da idade [14 a 29 anos] e o da situação econômica. Coincidentemente, [os negros] estão dentro dessa faixa", afirma.

No entanto, o secretário diz que o Estado irá "analisar e enquadrar em ações futuras" reivindicações de grupos de direitos humanos que pedem por estatísticas e ações focadas especificamente na população negra.

De acordo com Lima, as mortes violentas em geral caíram 12,8% em João Pessoa de 2011, (quando foram registradas 594 casos) para 2012 (518), após dez anos consecutivos de alta.

O resultado, diz, foi obtido com "planos e metas de ações repressivas para cada unidade de polícia".

O secretário da Segurança reconhece, porém, que as ações preventivas "ainda são muito tímidas".

Quanto à queixa de militantes do movimento negro de que a polícia não apura mortes na periferia da cidade, o delegado Gualberto afirma que a atual gestão fez o índice de elucidação de homicídios subir de 10% para 54,8% em dois anos.


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