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Hotel usa caiaque para tirar turista ilhado

Em pousada de Maresias, litoral norte, hóspedes tiveram de ser remanejados para quarto em piso superior

Nos estacionamentos, carros são invadidos pela água; empresários enfrentam 2º prejuízo em menos de um mês

DE SÃO PAULO

Com as ruas alagadas por uma mistura de água e areia, proprietários de pousadas de Maresias, no litoral norte, apelaram para um transporte inusitado para retirar os hóspedes que ficaram ilhados.

Hamisses Lobo, 22, levou de caiaque três pessoas que estavam hospedadas na Pousada dos Lobos, de sua mãe, até ruas mais transitáveis.

Em frente à pousada, na rua dos Mergulhões, a água alcançou um metro. "Eles [turistas] estavam de ônibus", diz Gizânia, 25, mulher de Hamisses. "Se vão conseguir ir embora, a gente não sabe."

Pela manhã, os hóspedes da pousada tiveram que ser remanejados do andar térreo para um piso superior.

Do albergue onde estava, a jornalista Elisa Rodrigues, 29, também viu caiaques passando pela rua, mas preferiu não se arriscar.

Ela e outros cinco amigos perderam o ônibus que os levaria para a capital. A passagem estava marcada para 15h de ontem. "Não tem o que fazer até a água baixar. Ainda está tudo inundado", contava ela por volta das 16h.

Os imóveis da área também ficaram sem energia elétrica após a queda de uma árvore.

SEGUNDO PREJUÍZO

A cheia também invadiu a pousada Luz da Lua, na rua Sebastião Romão César, uma das mais atingidas.

O proprietário Sérgio Abreu, 34, não conseguiu usar nem por um mês os eletrodomésticos que comprou após a última enchente, em fevereiro. Na época, ele desembolsou R$ 14 mil. Agora, calcula que o prejuízo chegue a R$ 10 mil.

"Perdi computador, máquina de lavar, geladeira, freezer. Fora a empresa de limpeza especializada que temos que contratar e custa R$ 1.500", diz Abreu, que tem o estabelecimento há dez anos.

Os hóspedes também tiveram prejuízos. Três carros que estavam no estacionamento da pousada foram danificados e terão os seguros acionados pelos proprietários.

Abreu acredita que o problema é a falta de um sistema de drenagem no local.

"Isso acontece há 50 anos e a prefeitura sempre diz que está analisando a situação, que é pontual, que deve fazer um estudo", afirma. (RT)


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