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Zona sul concentra ruas com mais mortes no trânsito

No ano passado, 1.231 pessoas morreram em acidentes de trânsito em São Paulo, segundo os dados da CET

LÉO ARCOVERDE DO "AGORA"

A zona sul de São Paulo concentra metade das dez vias com maior número de mortos no trânsito em 2012 -no ano passado, 1.231 pessoas morreram vítimas de acidentes em São Paulo.

Estão no ranking a estrada do M'Boi Mirim, a avenida Senador Teotônio Vilela, a estrada de Itapecerica e a avenida Atlântica, além da marginal Pinheiros, que faz a ligação da região com a zona oeste da capital.

A exceção das marginais, a estrada do M'Boi Mirim foi a via que registrou o maior número de mortes (20). Do total de vítimas, nove foram atropeladas, seis eram motociclistas e as outras cinco conduziam ou ocupavam carros, caminhões ou ônibus.

Os dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

A estrada do M'Boi Mirim e a avenida Senador Teotônio Vilela foram as únicas do ranking que tiveram aumento no número de mortes em 2012, em relação a 2011.

SINALIZAÇÃO

A reportagem percorreu ontem toda a extensão da M'Boi Mirim, nos dois sentidos, e verificou a existência de falhas de sinalização.

Foram encontrados semáforos de veículos e de pedestres quebrados, faixas de travessia de pedestres parcialmente apagadas e até um poste que encobre uma placa de proibição de estacionar.

Para o presidente do Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito, Lúcio Almeida, como o principal problema na M'Boi Mirim é a sinalização inadequada, a prefeitura tem responsabilidade sobre o alto número de mortes.

"A imprudência dos motoristas se dá por causa das falhas de sinalização na M'Boi Mirim. Como falta orientação, ninguém respeita as leis de trânsito", afirma Almeida.

No Jardim Ângela, bairro da zona sul cortado pela estrada do M'Boi Mirim, os relatos de acidentes são comuns. "Acontece [acidente] direto. É com motoqueiro, ônibus, pedestre, tudo", diz a comerciante Maria José Jordão, 50. Ela diz que um enteado sofreu um acidente com moto há seis meses na via.

A professora Grace Dias Pires, 27, diz que é comum ter de completar o percurso até o trabalho a pé, pois a via fica travada com os acidentes.

As marginais Tietê e Pinheiros, maiores corredores viários da cidade, continuam no topo da lista de mortes.

Segundo especialistas, isso ocorre devido à estrutura de "rodovia" dessas vias -alto fluxo de veículos, velocidades mais elevadas e ausência de pontos de travessia.

A assessoria da CET informou, por meio de nota, que técnicos vão vistoriar os problemas de sinalização na estrada do M'Boi Mirim apontados pela reportagem e realizar conser­tos necessários.

A CET diz que, desde fevereiro, intensificou o trabalho educativo fei­to por orientadores de travessia na via, assim como na avenida Senador Teotônio Vi­lela e na estrada de Itapecerica (zona sul) e nas avenidas São Mi­guel e Ragueb Chohfi (zona leste).


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