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Depoimento

'É mais cômodo dar remédio do que fazer terapia'

DE SÃO PAULO

Kátia Christina Fonseca da Silva, 38, ajudante de cozinha, desconfia sempre que dizem que uma criança tem deficit de atenção. Sua filha, Valentina, 11, recebeu esse diagnóstico de forma errada, segundo ela.

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"Valentina sempre deu problema. Com seis anos, a escola me chamou para conversar. Ela tinha tido um surto. Jogou as coisas do armário da sala no chão, puxou o cabelo da professora, agrediu outras crianças. Entrei na sala de aula e comecei a chorar.

O psiquiatra disse que ela tinha TDAH (deficit de atenção) e precisava de remédio. A caminho da farmácia, encontrei uma amiga, que me convenceu a não comprar o remédio. Disse que isso tinha acontecido com o filho dela.

Comecei a me perguntar se o problema não estava na minha família. Na época, eu estava me separando e trabalhava demais.

Passei a dar mais atenção para ela e as coisas começaram a melhorar.

Quando dizem que uma criança tem TDAH, penso: será que isso está certo? É mais cômodo dar remédio do que fazer terapia, mudar o comportamento. As crianças são nosso espelho. Será que a agitação delas não é culpa nossa?"


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