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Saiba usar o FGTS na compra da moradia

Imóvel deve ter preço máximo de R$ 500 mil e não ter sido negociado com recursos do fundo nos último três anos

Trabalhador não pode ter imóvel na mesma cidade ou região metropolitana em que pretende comprar

CLARA ROMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A aquisição de um imóvel é uma boa oportunidade para o trabalhador resgatar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O dinheiro do fundo pode ser usado para pagamentos à vista na compra de um imóvel ou para amortizar parcelas do financiamento.

Como o FGTS tem uma rentabilidade baixa (3% ao ano, mais Taxa Referencial, atualmente zerada), quanto antes o trabalhador usar o dinheiro, mais vantajoso.

O produtor cultural Elder Gartner, 28, utilizou R$ 17 mil do seu FGTS no financiamento de um imóvel na região da Praça da Árvore, zona sul da cidade de São Paulo.

"Desde o começo pensei em usar o fundo, pois queria dar o máximo de entrada", diz. O valor se somou a R$ 20 mil em dinheiro que o consumidor tinha e a um financiamento de R$ 250 mil.

Algumas regras, porém, limitam o saque do fundo.

O FGTS só pode ser usado na compra de moradia e na cidade ou região metropolitana onde o comprador já resida ou exerça a principal atividade profissional.

Outra regra importante é que a pessoa não pode ter outro financiamento imobiliário pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) no país, nem ser proprietário de imóvel na mesma cidade ou região metropolitana.

Além disso, o comprador precisa estar há mais de três anos sob o regime do FGTS e o imóvel não pode ter sido objeto de aquisição com o fundo há menos de três anos.

LIMITE DE R$ 750 MIL

A regra mais polêmica é o limite de valor do imóvel, que, em 2009, subiu de R$ 350 mil para R$ 500 mil.

Bancos, construtoras e consultores têm defendido uma nova elevação, desta vez para R$ 750 mil.

"O teto do FGTS está defasado. Ele tem de ser atualizado à necessidade de mercado", diz Celso Amaral, diretor corporativo do Geoimovel, empresa de informações imobiliárias.

Uma das possibilidades, afirma, seria regionalizar o valor máximo permitido, adequando o limite aos padrões do mercado de cada local.

"Aumentando o teto, você está aquecendo o mercado, mas está ampliando o saque do FGTS, que é essencial para financiar a habitação social", afirma Teotônio Rezende, diretor de habitação da Caixa Econômica Federal.

Uma elevação precisaria ser aprovada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Procurado, o Ministério da Fazenda, que faz parte do CMN, afirmou que não vai se pronunciar sobre o tema.

Na compra de imóveis por meio de consórcios, o FGTS pode ser usado para dar um lance e tentar antecipar a carta de crédito (leia na pág. 4).

No primeiro caso, a Caixa se compromete a retirar do FGTS a quantia solicitada para o lance, mas a liberação só é concretizada se esse lance for vencedor.

As regras são as mesmas das aplicadas ao financiamento imobiliário, inclusive o limite de R$ 500 mil.

Segundo Maurício Maciel, diretor da Caixa Consórcios, desde o início da regra, em 2009, só 2,5% dos consorciados usaram o fundo.

A explicação, diz, é que 70% dos clientes têm outro imóvel na cidade, ou financiamento, e não estão adequados à norma do fundo.


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