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Mobilidade não é só transporte público, concordam Haddad e Alckmin

DE SÃO PAULO

Em intervenções separadas no Fórum de Mobilidade Urbana da Folha, o prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deram opiniões convergentes sobre o tema.

Ambos defenderam a prioridade do transporte público e enfatizaram que a melhoria do fluxo de pessoas envolve outras medidas.

Na visão de Haddad, as administrações dos últimos "30, 40 anos" da cidade cometeram dois erros: a "aposta única" no transporte sobre trilhos e os investimentos viários voltados para o carro.

"A superfície da cidade foi inteiramente privatizada", disse. "Seja do proprietário do imóvel, seja do proprietário do automóvel", disse, na quarta-feira.

O prefeito paulistano defendeu a recente ofensiva para criar faixas exclusivas de ônibus, acelerada após os protestos de junho.

"Se você não prioriza o transporte público, não tem como fazer que as pessoas considerem a possibilidade de substituir o carro pelo transporte público."

Para o petista, a atual malha viária de São Paulo é suficiente para a demanda caso o ônibus tenha a preferência, com exceções pontuais de algumas regiões.

Outra aposta de Haddad é incentivar que as pessoas andem mais a pé por meio da melhoria das calçadas e do estímulo do uso dos térreos dos prédios.

OCUPAR O CENTRO

Em sua palestra, na quinta-feira, Alckmin disse que a mobilidade não é apenas uma "questão transporteira", ao mencionar um projeto para trazer mais moradores para o centro de São Paulo.

"Haddad sempre dá um bom exemplo, dizendo que a subprefeitura da Sé tem 17% dos empregos da cidade e 3% dos moradores. Você tem um Uruguai todo dia viajando para poder trabalhar", afirmou.

A ideia é "revitalizar a região, aproximar as pessoas do emprego e, por outro lado, ajudar a resolver o problema do transporte, da mobilidade, que não vai ser resolvida só como uma questão transporteira".

Sobre os investimentos em transporte público, Alckmin listou as obras de expansão do metrô, que deve aumentar dos atuais 74 km para 102 km até o final de 2014. O objetivo é que a rede tenha 200 km --ele não mencionou uma data para que isso ocorra.

"Trilhos são o melhor investimento. Um trilho faz 80 mil passageiros/hora, em cada sentido. Ônibus, 5 mil. Um corredor de ônibus pode chegar a 12 mil, 14 mil."


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