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Especialista questiona 'big data' na previsão de consumo

Para Frank Vial, que prevê tendências, executivos 'visionários' acreditam nas próprias intuições, e não só na análise de dados

INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO

Os consultores Marieke van der Poel e Frank Vial trabalham prevendo o futuro. Eles sugerem às empresas quais serão as tendências nos próximos três a cinco anos, atividade conhecida como "forecasting".

Integrantes da agência americana Proef, fundada por Marieke, eles afirmam que as companhias devem basear suas estratégias não só em números, mas também no acompanhamento das tendências globais.

Uma delas é a emancipação dos consumidores, que segundo eles, querem "encontrar sua humanidade".

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Folha - Que tendência global tem se afirmado nos últimos anos no comércio?
Marieke van der Poel - Uma que rastreamos há bastante tempo é a emancipação pessoal. Ela é frequentemente traduzida como "olhe para mim, olhe o que eu posso fazer" ou "olhe como eu me mostro na internet." Internamente, significa muito mais para as pessoas. Estamos tentando encontrar nossa humanidade de novo, tentando entender um ao outro. Entramos em um momento de compartilhamento.

Como monitorar isso?
Frank Vial - Comenta-se que o "big data" (análise de grandes volumes de dados) está dando a empresas e governos a oportunidade de aprender sobre comportamento. Há o argumento de que, com esses dados, podemos analisar padrões e prever o futuro. Como humanos são seres criativos e, às vezes, irracionais, a análise de dados não pode dizer o futuro. Nosso trabalho é embasado em pesquisa, mas, no fim, a intuição inteligente dá forma a uma visão do futuro. Os CEOs visionários se baseiam nos dados só até uma parte, e acreditam em suas intuições.

O Brasil é uma tendência?
Vial - Vemos uma tendência de emancipação do Brasil. O país tem uma das populações mais diversas do mundo e muita criatividade para formular ideias. Há uma grande inovação social que outros países não têm.

Após a crise de 2008, as empresas ficaram receosas de apostar em previsões?
Poel - Foi um tempo em que as pessoas não estavam preparadas para serem bem inovadoras. Na época, tentamos ajudar empresas a se renovar mesmo com a crise. Agora podemos puxar pela inovação outra vez. Não porque há mais dinheiro para isso, mas porque há mais necessidade.


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