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Grupos fazem encontros para treinar idiomas

Combinados pelas redes sociais, eventos gratuitos permitem conversar em diferentes línguas e fazer amigos

HELOISA BRENHA DE SÃO PAULO

Em um sábado nublado, 20 jovens chegam ao Sesc Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, conversando fluentemente em inglês.

Exceto para um neozelandês no grupo, a anglofonia não seria necessária. Um mexicano e 18 brasileiros poderiam se entender em português. Mas, ali, todos fazem questão de falar o idioma.

"Já paguei por aulas de conversação em que não praticava tanto quanto nos encontros", conta a revisora de textos Elaine Kuhlmann, 25.

Ela e mais três amigas organizam as reuniões do CS English Conversation Group, que juntam brasileiros e estrangeiros em cafés, hostels e centros culturais com o objetivo de "praticar a língua inglesa de modo descontraído".

Criado há quatro meses, o grupo marca os encontros pela rede Couchsurfing, usada por viajantes do mundo todo.

As reuniões atraem participantes de 18 a 35 anos, muitos deles universitários ou estrangeiros se fixando no país, como o doutorando Ignacio Sánchez, 29, do México.

"Para mim, os meetings' são dois em um: pratico inglês nas primeiras horas e português quando seguimos para um bar ou cinema", diz.

James Honeybone, 29, da Nova Zelândia, é cobiçado nos encontros. "Perguntam muito como é o inglês falado no dia a dia e as pessoas ficam alegres em aprender. Fiz bons amigos aqui", diz ele, que se tornou professor particular de inglês no Brasil.

IMERSÃO LOCAL

Geralmente abertos e gratuitos, encontros de idiomas proliferam nas redes sociais.

A promotora de eventos Juliana Nunes, 28, criou o grupo Surfing Classes no Facebook, que promove intercâmbio de línguas. "Quem domina um idioma ensina para quem quer aprender. Já tivemos 25 pessoas conversando em rodinhas simultâneas de inglês, espanhol, alemão e italiano em um hostel", diz.

Segundo ela, as reuniões rendem amizades, dicas de sites, livros, filmes e até oportunidades de trabalho. "Recomendei uma colega de meeting' para uma vaga na minha empresa que exigia fluência em inglês e ela foi contratada", conta.

Além da web, universidades e centros de idiomas também promovem encontros abertos para conversação.

Um deles é o Instituto Cervantes, que promove círculos de leitura em espanhol para interessados com ou sem conhecimento prévio da língua.

O engenheiro Alfredo Cavalcanti Júnior, 70, diz que alcançou um nível intermediário da língua só com os encontros. "Passei um mês na Espanha e consegui me comunicar bem com o que aprendi nos círculos. Neste ano, pretendo participar de um grupo de francês também", conta.


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