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Tática de dar pontos populariza-se com nova tecnologia

Consumidores ganham créditos ou prêmios por "check-ins" em estabelecimentos físicos ou por passar de fases em videogames

DE SÃO PAULO

A tecnologia de programas para tornar os clientes mais assíduos está se tornando oportunidade de negócios para algumas empresas e facilitando a gestão de consumidores para outras.

Se, pelo método mais antigo, os estabelecimentos usavam cartões de papel para registrar compras, visitas e dar prêmios aos clientes mais frequentes, hoje tudo pode ser feito on-line.

"A tecnologia digital revolucionou e barateou o mercado de fidelização. O fato de ter um GPS plugado em você o tempo todo muda tudo", diz Antônio Cosenza, professor da Fundação Getulio Vargas.

A start-up (empresa iniciante de base tecnológica) Frequento desenvolveu um software que monitora os "check-ins" dos usuários no Facebook. Assim, o cliente ganha prêmios de bares e restaurantes parceiros. "Na primeira vez em que ele faz o check-in em um estabelecimento, ganha um prêmio. Depois, um outro a cada cinco visitas", diz o fundador Rodrigo Pontes, 34.

Os prêmios são estabelecidos pelos bares e restaurantes, que pagam uma mensalidade de até R$ 250 para usar a plataforma. "Tudo é feito pela web. Quando o cliente tem direito a prêmio, recebe um voucher por e-mail."

A ferramenta, que foi lançada em novembro de 2013, quer fechar parcerias com 150 a 200 restaurantes paulistas até o fim do ano.

Há quem aposte no modelo de distribuir pontos aos clientes. O Trendstockr, negócio que começou criando games, acaba de criar um clube de fidelidade.

O site deles agrega links de jogos e vende pacotes de pontos à produtoras parceiras. Essas, por sua vez, podem distribuí-los aos jogadores quando eles passam de fase, compram dentro do game etc.

Quando atingem determinada pontuação, eles trocam seu saldo de pontos virtuais por prêmios de parceiros dentro do site da Trendstockr.

O Fidelêco, plataforma de fidelização para pequenas e médias empresas, também auxilia as empresas que trabalham com pontuação.

"Não pontua só quem faz compras. Quem interage de alguma forma, respondendo a pesquisas, por exemplo, também", diz Fernando Gibotti, 38, sócio-fundador do GS Group, do qual faz parte a empresa. Segundo ele, a ideia é obter dados dos clientes no cadastro para que os estabelecimentos parceiros possam atendê-los de maneira mais personalizada.

VELHO

Para Cosenza, o sistema de pontuação funciona bem em algumas situações: "Prêmios trazem benefício imediato ao cliente. Mas ele pode não voltar se só estiver interessado na premiação".

Segundo ele, benefícios como crédito na próxima compra são mais aconselhados para fidelizar a médio ou longo prazo.

Para Marcelo Gonçalves, sócio da Marka Fidelização e Relacionamento, de gestão de clientes, os pontos podem sair mais baratos. "Há casos em que a cada R$ 1 a pessoa ganha R$ 0,0025 para transformar em prêmios. Se você oferece um crédito de 10% em compras, pode gastar mais."

Ele também faz um alerta. "Os mais jovens gostam de tecnologia, mas o público de classe alta e mais velho ainda prefere o cartão."


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