Folha de S.Paulo

Comida jogada fora impressiona catadora em SP

Com uma carroça vazia, Edmar Matoso, 43, chega às 17h para trabalhar. Lôra, como é conhecida, vai de Guaianazes (zona leste), onde mora, até o centro de São Paulo. Lá, ela coleta recicláveis até as 23h.

Ela mora com 4 de seus 12 filhos. A primeira coisa que eles perguntam quando chega é se trouxe brinquedos. Quando anda por Higienópolis, na região central, ela se indigna com a quantidade de comida jogada fora. "Lixo de rico é assim: cheiroso."

Normalmente, ganha R$ 15 por dia. Segundo o Ipea, 400 mil catadores atuam no país; 31,3% são mulheres como Lôra.