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Exportações locais, estagnadas, crescem só 4,8% em 10 anos

Para diretor da Acirp, cidades como Matão conseguiram atrair indústrias, o que não ocorreu em Ribeirão Preto

No mesmo período, média de alta das exportações das maiores cidades da região chegou a 137%

DE RIBEIRÃO PRETO

Se os setores de comércio e serviços se desenvolveram nos últimos anos, o mesmo não se pode dizer das exportações de Ribeirão Preto, estagnadas nos últimos dez anos em comparação com outras cidades da região.

Ribeirão Preto ficou atrás de outros municípios que souberam atrair indústrias ou se firmar como polos de logística para o agronegócio.

Enquanto as exportações da região cresceram 137% desde 2004, Ribeirão só avançou 4,8% nas vendas para outros países nesse mesmo período. Em 2013, chegou a registrar redução de 2%.

No ano passado, Ribeirão exportou US$ 177 milhões, o equivalente a 3,7% de tudo que foi exportado pelas dez maiores cidades da região.

"A gente não tem de se acomodar com esse perfil, e sim criar outras oportunidades", disse o diretor do departamento de relações internacionais da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Júlio Sonsini.

Ele afirmou que outras cidades, como São Carlos, Matão e Sertãozinho, conseguiram atrair mais indústrias, o que contribuiu para aumentar as exportações.

Segundo ele, o nível salarial acaba "afugentando" indústrias de Ribeirão, que buscam mão de obra barata.

A Acirp tem promovido cursos para empresários sobre o comércio exterior e trazido representantes comerciais de outros países a Ribeirão, como forma de abrir o mercado para as empresas.

O bom momento vivido pelo preço internacional das commodities também explica a diferença no ritmo de crescimento das exportações, segundo o ex-gerente regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Eduardo Molina.

Araraquara, maior exportador da região, se tornou um polo logístico para a exportação de soja com a ferrovia que traz o grão do Centro-Oeste e o leva para o porto de Santos.

"Em Ribeirão você tem um retrato do que aconteceu no Brasil, com a indústria de transformação com desempenho ruim, e as commodities segurando as exportações", disse Molina.

Os principais produtos exportados por Ribeirão são aparelhos médicos e ondotológicos e sementes para o agronegócio.

O professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, Luciano Nakabashi, disse que o nível de exportações não está ligado, necessariamente, ao desenvolvimento econômico. Para ele, Ribeirão tem uma economia dinâmica, por ter se tornado polo de serviços e comércio.


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